Para não dizer que não falei do Live Earth
(em homenagem aos tarados que vêm a este blog em busca de "vídeo proibido da Xuxa")
A maior estrela da televisão brasileira foi rebaixada a showzinho de abertura em concerto-farofa, mas pensa que continua abafando.
Observação da minha esposa, xuxista dos velhos tempos: "os fãs da Xuxa crescem, a própria Xuxa não". Isso aí. E disse mais sobre o espetáculo da Praia de Copacabana: "Xuxa não agüenta mais nem dançar". Tudo bem. Em compensação, sob uma decoração... hã... alegre que mais parecia uma festinha de aniversário de subúrbio (o que Jorge Fernando está botando no suco de laranja da Xuxa?), um corpo de baile de paquitas falsificadas e dançarinos "de rua" mal-ajambrados tinha amplo espaço para se movimentar. Compare com qualquer outro show do Live Earth que tivesse ocupado o palco com músicos de verdade e instrumentos de verdade. Se Xuxa não canta nem dança, o que ela pensa que faz num show?
Xuxa tem que saber a hora de parar. Ela tem saúde. Beleza. O carinho dos fãs. Um quaquilhão no banco. E uma missão séria em sua vida: criar sua filha. Xuxa conquistou tudo, menos a capacidade de continuar fazendo papel de Xuxa. Já passa da hora de sair da redoma auto-infantilista. Xuxa não conquistará maturidade e sabedoria pelo critério da antiguidade. Dercy Gonçalves só há uma.
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Mas lembremo-nos de Miguel Falabella: a zero real vocês queriam o quê? O show brasileiro foi o único com entrada grátis. É sintomático. Mesmo com o dólar descendo às profundezas sub-R$ 1,90 e certos setores da indústria chorando as pitangas, é claro que os exportadores inteligentes continuam se dando bem quando trocam sua produção por moedas fortes. Não poderia ser diferente: os estrangeiros pagam.
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