quarta-feira, outubro 17, 2007

Cristaldo, mais uma vez

Daqui. Vai cópia do post inteiro.


SÃO LANCELOTTI


O padre Júlio Lancelloti, defensor incondicional dos moradores de rua e menores delinqüentes, apresentou queixa à polícia, dizendo-se vítima de extorsão há três anos, período no qual teria pago 50 mil reais a um grupo de extorsionistas, que ameaçavam denunciá-lo por prática de abusos sexuais contra menores. A vítima de seus abusos seria filho de um dos extorsionistas, já acusado por homícidio.

Vejamos as declarações do padre à Folha de São Paulo:

Além de intimidá-lo com insinuações de agressão, o grupo passou nos últimos meses a dizer que procuraria a imprensa para denunciar um suposto abuso sexual cometido pelo padre contra o filho de Conceição, de oito anos. "Tem coisas que você não consegue explicar. Tem coisas subjetivas. Eu queria mudá-los [os autores da extorsão]", disse o religioso, ao ser questionado por que tinha pago aos acusados por tanto tempo. O padre Júlio afirmou ontem que recebe salário de R$ 1.000 por mês e que mora com sua mãe e a sobrinha. Ele disse que irá pedir proteção policial.

Não convence. Como pode alguém que recebe mil reais por mês pagar 50 mil reais a extorsionistas no período de três anos? Além disso, o gesto do padre, de pretender com seu pagamento evitar outras extorsões - como declarou em outra entrevista - não tem precedente nos anais da hagiografia. Temos um novo caso Henry Sobel. O sacerdote impoluto envolvido em um reles caso de reportagem policial.

Quanto mais Sobel se explicava, mais se enredava. Quanto mais Lancelotti se explicar, mais se enredará. Quem dá explicações já perdeu a discussão. É óbvio que o imbroglio que envolve Lancelotti está longe de ter sido elucidado. Como pode uma personalidade pública de seu status ceder a chantagens por temer que seu nome seja envolvido pelas denúncias de um homicida? É claro que há algo mais atrás da ameaça de denúncia.

Se não houver, temos de apresentar Lancelotti como candidato a santo pela Igreja Católica. Só um santo cederia a uma chantagem para evitar outras chantagens. Urge apresentar o nome do santo homem ao Vaticano, para posterior beatificação e santificação.

Dvorak

"Though the open-source movement isn't going to die anytime soon, it's looking a little ragged at the edges. And with the appearance of the onerous GPL v3 and the slow deterioration of the popular Firefox browser, I now wonder if open source may have been a fad, or perhaps just a more elaborate iteration of the shareware phenomenon in the 1980s." Mais...

De volta

Quer dizer, já há uma semana. E que semana atribulada.

terça-feira, outubro 02, 2007

Atraso

No portão de embarque. Uma vez Gol, sempre Gol.

Até a volta

Para o espanto d'O Mundo, em São Paulo conheci incontáveis eleitores de Paulo Maluf. Nenhum deles parecia particularmente envergonhado de seu voto (não mais do que o conceito de certas mulheres sobre suas celulites reais ou imaginárias).

No Estado do Rio, segundo dizem as lendas do distante 2002, uma certa Rosângela Matheus foi eleita governadora. E sem enfrentar segundo turno. Ou eu realmente nunca vi um eleitor da dita cuja andando por aí, ou eles se disfarçam melhor do que lagartos invasores de seriado de ficção científica.

Nem desperdiçarei o tempo do leitor analisando como certas figuraças indizíveis se tornaram vereadores e deputados. Mantendo-nos nas eleições majoritárias, pelo menos do ponto de vista do Sulmaravilha eleitor de Maluf e Rosinha esclarecido e politizado, permanece um mistério a eleição de Renan Calheiros como senador. Um mistério tão grande que tenho que investigar in loco. Alagoas me espera; volto em sete dias.

A indústria investiu muito em carruagens, espartilhos e discos de 78 rotações. Isso deve ser lembrado.

Como era de se prever, a Telefônica começou a cobrar um "plus a mais" pelo serviço que teoricamente os provedores é que prestavam. Pelo menos agora o cliente paga a quem presta o serviço. Até há pouco era preciso pagar a X pelo serviço de Y. Tudo pela competitividade.

Ainda assim, os R$ 8,70 são uma pechincha diante do que padecem os usuários domésticos de DSL fora do Planeta São Paulo em troca de email inútil, suporte incompetente e um tal de conteúdo diferenciado para o qual ninguém dá a menor pelota.

Não faltou a tirada humorística da Abranet: "O custo da conexão à internet está lá e o setor de provimento de acesso investiu muito neste serviço. Isso deve ser lembrado."

segunda-feira, outubro 01, 2007

Internet destrói piadas, diz pesquisa

Isso eu já tinha notado há tempos. Mas os pesquisadores fariam bem em considerar os fatores que fazem a internet ser tomada pelos vírus do cinismo e da paranóia, reduzindo o espaço vital para a disseminação do humor genuíno. Como os computadores, os cabos e os roteadores não se tornam cínicos e paranóicos -- pelo menos é o que suponho --, os usuários é que são. E cada vez mais.

Se dependesse dos iluminados da informática, Bill Gates teria que perguntar a eles o que poderia ter feito na vida e quão longe poderia chegar.

Vejo um monte de gente que não tem domínio de língua nenhuma, tem orgulho disso e tenta compensar com lábia, peitadas, atributos físicos, volume de voz, reviradas de olho, frases feitas.

Google