sexta-feira, novembro 23, 2007

Pena do ICQ? Fique com ele

Choramingos aqui e ali pelos poucos e bons tempos do ICQ, o primeiro software-serviço de mensagens instantâneas que deu certo, porque era o que “todo mundo” usava até mais ou menos 2003-2004 quando, dizem, foi atropelado pelo odioso monopólio de Bill Gates através do MSN Messenger (depois Windows Live Messenger). A Microsoft cumpriu sua obrigação competitiva de mexer o traseiro e oferecer um produto rival que os usuários desejassem usar. E o império AOL, antes e depois da Time Warner, dormiu no ponto com o ICQ (idem com o Netscape). Deixou a equipe de produção solta para rechear o programinha com penduricalhos que as máquinas da época não assimilavam bem; já em 1999 era bombardeado por críticas de usuários, que, no entanto, valorizavam o ICQ justamente porque “todo mundo” o usava. A AOL olhava para o teto enquanto o que realmente valia no ICQ, os zilhões de usuários, lhes escorriam pelos dedos. AOL já teve um modelo de negócios sustentável? O Messenger se ergueu por seus méritos enquanto, lateralmente, o ICQ despencava pelos defeitos de si mesmo, e é essa a história. Se alguém quiser “colocar” a morte em vida do ICQ (ainda existe, mas ninguém mais quer saber dele) como questão opressor-oprimido, só se for por peninha das centenas de bilhões que a AOL desintegrou com o fim da bolha pontocom. Mas é uma façanha convencer de alguma coisa essas crianças que conhecem melhor a cartilha marxista do que a localização do Brasil no mapa.

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