quinta-feira, dezembro 19, 2002

Antes de 2003 os posts novos s�o incertos e n�o sabidos. Portanto, deixo j� meus votos de Feliz Natal e Pr�spero Ano Novo aos 18 leitores (royalties ao Agamenon) deste blogzinho.

Tudo a Ver: o CDzinho, faixa por faixa



Dando seq��ncia ao coment�rio sobre o disco dos temas musicais hist�ricos da Globo, eis uma cr�tica do (irregular) repert�rio.

Esporte Espetacular - O antigo tema, aposentado por pura burrice, reabilitado a pedidos dos telespectadores. Com toda a raz�o. Mil vezes melhor que a soma de todos os seus pretensos substitutos. Uma, e n�o mais que uma, m�sica simboliza o programa das manh�s de domingo, o hor�rio mais paulista da TV. Eu, ficar vendo televis�o num domingo de sol? Tenho mais o que fazer.

Tema da Vit�ria - Dois temas que atendem pelo mesmo nome e costumam ser usados em contextos automobil�sticos similares. Aquele tema "do Ayrton Senna" seria mais mal falado, n�o fosse a quest�o religiosa da qual acabou fazendo parte. O outro � mais ou menos, mas parece melhor na TV do que no disco.

Globo Cor Especial - O programa mesmo, uma sess�o de desenhos ao meio-dia, n�o tinha nada de muito "especial": foi enterrado em 1983 pelo esquema de alternar desenhos animados com apresentadores desanimados (depois surgiram as lourinhas debil�ides) e chamar o produto de "programa infantil". Mas o tema sobreviveu na mem�ria do telespectador. Teve in�meras vers�es; o CD traz a primeira de todas, que pode parecer estranha ao p�blico de hoje, mas pelo menos vem com a letra completa.

Globinho - S� para matar a saudade do programa (n�o do tema); acho a vers�o do CD muito "anos 70".

Fant�stico - Tudo funciona. Uma letra que diz coisa com coisa, o que no s�culo 21 parece coisa do tempo dos dinossauros. Uma melodia t�o marcante que ainda � distingu�vel no trech�culo sobrevivente no programa atual. Interpreta��o primorosa, vozes afinadas. A primeir�ssima vers�o, � claro. Foi varrida para debaixo do tapete com as substitu��es peri�dicas de aberturas, sem que nada tivesse de errado. OK, � um saco passar anos e anos aturando a mesma abertura, mas esse foi um caso cl�ssico de jogar fora o beb� com a �gua do banho. Ainda assim, seguiram-se vers�es instrumentais muito boas; a de 1987, inclu�da no CD, nem � das minhas preferidas, mas foi o �ltimo suspiro de talento (visual ou musical) nas noites de domingo. A aposentadoria da letra, por�m, segue irrepar�vel. Vale metade do pre�o do disco.

Video Show - J� foi um tema de segunda categoria. Na vers�o atual, encurtada e irritantemente met�lica, virou tema de quinta. Pule os 17 segundos dessa faixa.

Doming�o do Faust�o - Fazendo justi�a � pr�pria chatice, o programa nunca teve uma abertura interessante. Ent�o, por que duas vers�es do tema no mesmo disco? A primeira, de 1989, � um registro arqueol�gico de quando o nome "Fausto Silva" ainda escandalizava algum telespectador fora do convento das carmelitas. N�o conseguiram escapar da edi��o delavada na tinturaria judici�ria (Roberta Close chamou os advogados e conseguiu que Sullivan & Massadas tirassem seu prenome do tema). A vers�o n�mero 2 � intrag�vel; sem o apoio visual, a� � que n�o faz qualquer sentido.

Os Trapalh�es - Quando foram pegar na �ltima prateleira do arquivo sonoro da Globo a fita original da primeira (e excelente) vers�o do tema de abertura, algum desastrado derrubou a escada e embaralharam-se todas as etiquetas das fitas. S� essa trapalhada explica a inclus�o no disco da �ltima (e pior) vers�o do tema. Se a Som Livre cochilou, esperamos que a pr�pria Globo tenha bom senso quando reprisar pela milion�sima vez os melhores momentos dos Trapalh�es "cl�ssicos" e reponha no ar o tema de abertura que tem que ser.

Plant�o de Pol�cia e TV Mulher - Duas faixas na mesma situa��o: valem para quem gostava dos programas e s� tinha os discos de vinil. Eu n�o acho grandes coisas.

Globo Rep�rter - Enfim em CD uma m�sica dif�cil de achar, hoje quase irreconhec�vel sob o arranjo d�bil da aporrinhola global. Uma pe�a simb�lica de sua �poca que surpreende ao resistir bem ao tempo, apesar de n�o atender a todos os gostos. Pelo menos no Globo Rep�rter sempre funcionou bem, at� que estragaram a receita.

Jornal Nacional - Outra inexistente em CD, MP3, vinil ou o que quer que fosse. Duas vers�es: notem a profund�ssima decad�ncia. Poderiam ter aproveitado e inclu�do algumas vers�es intermedi�rias, que tamb�m eram bem interessantes.

Jornal Eletr�nico - Todo mundo j� ouviu um trechinho em algum lugar. Agora com nome, sobrenome e faixa em compact disc para todo mundo conferir -- um registro merit�rio, mas a can��o completa � chat�ssima. S� n�o me pergunte o que foi o Jornal Eletr�nico.

Evie e Pombo-Correio - O beb� aqui n�o tem a menor id�ia do que essas duas m�sicas t�m a ver com o Jornal Hoje. Em todo caso, � um Johnny Mathis menos inspirado que de costume e um Moraes Moreira fazendo o papel de chato de sempre.

Xou da Xuxa (que a contracapa, escrita por algum estagi�rio de porre, chama de "Show da Xuxa" - definitivamente, adolescente n�o sabe mais o que � ter concentra��o) - A Rainha dos Baixinhos conseguiu proibir qualquer men��o �quela pornochanchada na qual ela seduzia o garotinho (eu vi, sim, e da�? N�o percam seu tempo: � t�o ruim que nem Vera Fischer nua o salva). E esta musiquinha chinfrim, ningu�m pro�be? Em sua primeira grava��o p�s-Manchete, Xuxa mostra por que est� longe de ser uma Maria Callas, se � que voc� me entende. N�o melhorou quase nada desde ent�o, e num tempo em que Carla Perez e Kelly Key podem ser consideradas "cantoras", at� parece grandes coisas. A letra ordin�ria e a melodia de embrulhar o est�mago s� ap�iam a velha teoria de que a m�sica cont�m algum c�digo subliminar. N�o duvido nada. Hipnotizou as meninas desde 1986 (meninos pouco ligavam: eu j� era grandinho para ver Xuxa na Globo, mas na Manchete eu s� assistia o programa com a TV no volume m�nimo). E as meninas daquele tempo continuam hipnotizadas at� hoje.

S�tio do Picapau Amarelo - Mais uma prova de que Gilberto Gil n�o deveria ter aceitado cargo nenhum no governo. Talvez um dia ele volte a se concentrar em algo que sabe fazer bem: temas legais para programas legais. Voltou ao ar sem ser mexido. Mexer em qu�?

TV Colosso - Lembrem do programa, esque�am do tema de abertura.

Vila S�samo - A humanidade (brasileira) se divide entre os que viram Vila S�samo naqueles tempos e o consideram o supra-sumo dos programas infantis, e os mais jovens que nem sabem do que se trata. Qual dos dois grupos est� em condi��es de fazer uma avalia��o isenta do tema de abertura? Acho regular, mas num tempo de temas infantis bo�almente barulhentos, vejo que retrocedemos muito.

Um Novo Tempo - A valsa de fim-de-ano oficial da Globo, sempre criticada at� a medula, continua indispens�vel. J� quiseram aposentar o velho tema, mas n�o tem jeito. � incrivelmente simples, na letra e na m�sica, o que o torna devastadoramente marcante. Nem a m� interpreta��o da primeira vers�o consegue abafar seu impacto. � recriado todos os anos, mas, para o bem ou para o mal, continua o mesmo. Por l�gica, teria que ter sido a faixa final do CD, mas ainda resta a bomba das bombas...

Tema da Copa de 94 - A falta que fazem os mal-falados Sullivan e Massadas. Quem achou os temas de 86 e 90 simpl�rios e p�s-frios, s� n�o torceu o nariz para o de 94 porque todo o Brasil estava ocupado demais celebrando o tetra. Como certos narradores esportivos, a musiquinha � verborr�gica, ma�ante, infantil e assolada por um mau acompanhamento -- aquele instrumento digital irritante. S� d� para aturar com muita cacha�a nas id�ias.

segunda-feira, dezembro 16, 2002

A UTI do folclore

Esquenta no blog do xar� Polzonoff a discuss�o sobre a coluna de Diogo Mainardi da Veja desta semana. O assunto pode ser elaborado. Afinal, aonde quer chegar a patrulha de defesa do aut�ntico folclore nacional (seja l� o raio que for isso)?

Nada tenho contra essas tradi��es folcl�ricas que os PhDs adoram, mas n�o fa�o parte de nenhuma (eis o Estado do Rio) nem encontro uma que me desperte algum sentimento especial de simpatia. Mas se baianos, cearenses, goianos, pernambucanos etc. se emocionam com as coisas de suas terras, que abram suas carteiras espontaneamente e tirem delas a verba necess�ria para manter o que lhes � t�o querido. Se for para que certas tradi��es (sobre)vivam plugadas a aparelho$ da UTI do Minist�rio da Cultura como prova de "resist�ncia � invas�o cultural estrangeira e visando ao lucro", n�o me convide para essa festa. Voltaremos ao assunto...

L� vem 2003

Passagem de ano � motivo para festas pat�ticas. Diz o Blue Bus que a (por outros motivos geralmente considerada) respeit�vel ag�ncia DPZ enviou convites a seus funcion�rios "para dar um x� no tumultuado ano de 2002 e come�ar 2003 repleto de bons fluidos e com muita energia". Com direito a p� de coelho, pimenta, sal grosso, alho, arruda e incenso.

Que ningu�m pense que isso n�o passa de um "exagerismo" de publicit�rios de egos inflados. No Brasil, espantar o tempo que passou, como se fosse um encosto, � comportamento aceit�vel, racional e necess�rio. Assim, ningu�m precisa passar pelo inconveniente de atribuir a si mesmo a responsabilidade pelos maus resultados de 2002, ou, conhecendo os respons�veis, apont�-los como gente grande. � s� fazer como a "gera��o tra�da" denunciada h� exatos 14 dias por Luiz Alberto Marinho, l� mesmo no Blue Bus: reclamar que as regras de comportamento, competitividade etc. foram mudadas no meio do jogo s� para botar a culpa no "mundo", no "mercado" ou em outro respons�vel impalp�vel e destitu�do de consci�ncia. Mas, sobre a experi�ncia, � prefer�vel a esperan�a de que em 1� de janeiro tudo ser� diferente. Quanto a 2002, � s� deit�-lo no barquinho de Iemanj� e dar um "Format C:" em tudo que se passou.

Aporrinhola

OK, o t�tulo do Santos � merecid�ssimo. Mas a exaustiva cobertura da final do campeonato tem algo sumamente irritante: o hino do Santos tocado por aquela aporrinhola sint�itca que � a mesma que faz todos os temas de abertura dos programas. Que saudades dos instrumentos de verdade!

Para que n�o se diga que isto � uma opni�ozinha infundada, a pr�pria Globo cuidou de oferecer, em bolachas prateadas da Som Livre, o testemunho da decad�ncia de seus temas. "Tudo a Ver" � um CD irregular, como � o conjunto da obra musical da Globo, mas ao menos trouxe �s lojas de discos alguns tesouros que n�o se achavam nem nas profundezas do Napster (no tempo em que Napster era Napster).

�, sobretudo, uma pe�a de �poca. Para as gera��es daqui em diante, cessar� de fazer sentido. Como explicar para a garotada que o tema do Globo Rep�rter j� tinha sido aquele, e acabou reduzido a um naipe de metais de mentirinha que n�o seria toler�vel nem num joguinho de PlayStation? � conceb�vel que o todo-poderoso Boni tenha tirado um tempo para escrever a letra do tema do Fant�stico -- e pessoas (no plural) de verdade o cantavam?

N�o vou dizer que os temas tenham descido a ladeira de s�bito assim que a Globo descobriu aquele sintetizador de timbre met�lico indefin�vel. Mas, com toda a certeza, a facilidade computadorizada conduziu a um relaxamento crescente. Quando veio a novela Pantanal, em 1990, a Globo come�ou a dar cada vez menos import�ncia �s aberturas, pois consomem tempo precioso e convidam � troca de canal. Aberturas relevantes, hoje, s� as das novelas. Mas quem se importa? Hans Donner teve seu tempo; hoje � mais conhecido como marido da Globeleza. No que faz muito bem.

Filosofia piratesca

J� repararam que, para cada m�sica que realmente buscamos no Kazaa, acabamos pedindo para baixar outras cinco que n�o t�m nada a ver?

E por que � que o Audiogalaxy n�o pode e o Kazaa pode? Isso � que � reserva de mercado � inefici�ncia; a Justi�a derrubando os fortes e enchendo a bola dos fracos. Nas Olimp�adas, dariam as medalhas aos �ltimos lugares.

sábado, dezembro 14, 2002

quarta-feira, dezembro 11, 2002

Abaixo o Hotmail!

Quer dizer: abaixo a cambada de spammers que se abrigam sob a popularidade e a leni�ncia do Hotmail, o famoso servi�o de e-mail gr�tis. De cada dez mensagens originadas do Hotmail que recebo, nove s�o completamente in�teis. E, pior, o servi�o tende a atrair especialmente os spammers mais pestilentos: os disseminadores de pir�mides de dinheiro e os que usam endere�os fajutos para despistar quem tentar filtr�-los.

Solu��o? J� que o seu provedor favorito jamais ter� peito de cortar o Hotmail pela raiz (minha av� chamaria isso de "telhado de vidro"), o pr�prio usu�rio pode tomar suas provid�ncias. Os bons programas de e-mail podem fornecer mensagens autom�ticas de resposta a todas as mensagens recebidas de usu�rios do Hotmail. Algo como "Desculpe o mau jeito, mas tenho recebido excesso de spam do seu provedor. S�o tantas que nem pude ler sua mensagem para ver se o conte�do � s�rio e me interessa. Se for, queira reenvi�-la usando um provedor digno do nome. Caso contr�rio, nada feito. Lembre-se: caixa postal eletr�nica vale o que voc� paga por ela."

Pronto! J� dei meus dois centavos contra uma empresa do grupo Microsoft, a besta-fera do Apocalipse. Ser� que com isso o sumo-sacerdote Richard Stallman me concede indulg�ncia plen�ria? :-)



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sexta-feira, dezembro 06, 2002

Pegadinha do filtro do UOL

Mais abaixo segue uma nota sobre a inutilidade do filtro de mensagens do UOL. E n�o � s� aquilo. H� uma pegadinha de g�nio: voc� s� pode pegar o endere�o de origem do spam para bloque�-lo da� em diante se... abrir a mensagem de spam! Ou seja: querendo ou n�o, � preciso ler o spam, que � tudo que os spammers desejam. Nem nos sonhos mais cor-de-rosa encontrariam um colaborador t�o eficiente e poderoso quanto o UOL.

� nessas min�cias operacionais que transparece o estado de coisas dentro do UOL: fulano (o pronome indefinido, n�o o site de mesmo nome) finge que faz um bom trabalho e sicrano finge que fiscaliza. Cortes de pessoal e dan�as das cadeiras no board n�o passam sem conseq��ncias. Mas quem est� de fora, mantendo na mem�ria os ares perfumados do tempo em que "pontocom" era esperan�a de alguma coisa, prefere se acovardar a admitir o �bvio.

Consci�ncia negra

Minha mulher aproveitou o 20 de novembro para fazer uma longa liga��o interurbana, contando com o feriado do Dia do Zumbi. N�o recebeu um centavo de desconto. Mesmo sendo a liga��o feita dentro do Estado do Rio, para fins de tarifa��o de interurbanos s� s�o levados em conta os feriados nacionais. Mas essa engana��o, por mais grosseira que seja, n�o � nada comparada � engana��o do pr�prio feriado, impopular�ssimo, motivo de piada em outros estados. N�o me venham dizer que � "politicamente correto". Corre��o pol�tica n�o paga contas.

sexta-feira, novembro 29, 2002

Telemarketing

Os �ltimos brasileiros que n�o se envergonham de parecer educados est�o no telemarketing. De resto, o que reina � a grosseria total, o orgulho da pr�pria falta de modos, o medo "democr�tico" de parecer superior � manada. Se voc� atender o telefone e algu�m lhe disser "bom dia", tenha certeza: l� vem uma proposta de venda. Mas ser� que telemarketing consegue vender, um chicletinho que seja, com dic��o enlatada e textinho ensaiado dif�cil de entender e imposs�vel de interromper? Eu pergunto logo o que a pessoa tem a oferecer. Isto poupa o tempo de ambos.

quarta-feira, novembro 27, 2002

Eu a conheci!




Diz a Veja da semana passada: "A executiva paulistana Esther Jagosehit, 30 anos, � um mulher�o. Loura, alta, magra, tem olhos azuis, s�lida forma��o intelectual e ganha o suficiente para levar uma vida para l� de confort�vel, com freq�entes viagens ao exterior, carro do ano e casa pr�pria. Esther provoca tanto furor entre o p�blico masculino quanto mexe com as mulheres a presen�a do ator Renato Bizone, herdeiro do grupo Brasimac, um imp�rio que fatura anualmente 100 milh�es de reais. Aos 27 anos, sempre citado em colunas sociais, ele ostenta um curr�culo amoroso que inclui a apresentadora do Fant�stico, Gl�ria Maria, e uma dezena de modelos. Algu�m diria que ambos est�o procurando um relacionamento pela internet? Pois, pasme: eles est�o. A presen�a nos sites de namoro de gente como Esther, inscrita sob a alcunha de "garota do campo", e Bizone, que usa o apelido "boyIIgirl", aponta para um curioso fen�meno: a internet deixou de ser ref�gio para quem sempre teve problemas amorosos para se tornar uma eficiente ferramenta mesmo para quem nunca encontrou dificuldade em arrumar namoro." [desculpem, pessoal: o link � s� para assinantes.]



Pois eu conheci Esther Jagosehit h� muito, muito tempo, quando ambos t�nhamos 18 anos e gost�vamos de conhecer gente por carta (aquela coisa antiga, com papel, selos e goma ar�bica). Nem deu tempo para a tradicional troca de fotos. Ela me escreveu, respondi de forma meio jocosa, ela orquestrou um contra-ataque nada diplom�tico, deixamos para l�. Quem n�o aproveitou a meninice estendida para liberar sua agressividade?



Internet � a troca de cartas por outros meios -- estes, mais fugazes, mais dif�ceis de documenar e mais f�ceis de sucumbir ao besteirol. Por isso � que os jornais e revistas t�m que fazer um esfor�o triplicado para convencer o leitor de que sala de bate-papo n�o � para�so de esquisitos. Tarefa complicada. Charles Rojtenberg, o sex�logo de plant�o da mat�ria da Veja, apresenta uma pesquisa que diz que s� 2 por cento dos relacionamentos via Internet resultam em casamento. Ent�o, para o sex�logo, eu fa�o parte da exce��o da exce��o: entrei na estat�stica dos casamentos bem-sucedidos que come�aram na Rede. O curioso � que a Veja d� os resultados da pesquisa como "surpreendentes", como se s� a equipe do seman�rio da Abril n�o soubesse que IRCs e ICQs s�o solo f�rtil para a promiscuidade, a mentira e a falta de traquejo social. Surpresa mesmo � encontrar uma Esther Jagosehit dizendo que procura algu�m na Internet por op��o pr�pria, sabendo da selva que � o mundo dos bits. Deve ser outra exce��o absoluta.



Em que pese o prazo de validade mais que estourado, seja para buscar uma s�rie de curti��es inconseq�entes, seja para achar "aquele algu�m" em terra de ningu�m, ver sua situa��o transformada em mat�ria de capa da Veja � como no comercial do MasterCard: n�o tem pre�o. Aqui vale, sem nenhuma segunda inten��o, aquela velha pergunta: "O que uma garota como voc� est� fazendo num lugar desses?"



Ainda sobre relacionamentos virtuais em geral, citando a mat�ria da Veja e o caso da mo�a da capa, vale ler a coluna de Janer Cristaldo enquanto � tempo.

sexta-feira, outubro 04, 2002

UOL: filtros in�teis

Se o UOL tem interesse em deter o spam que assola seus usu�rios, n�o tem compet�ncia para tanto. Se tem compet�ncia, n�o tem interesse.

� o que se conclui do uso do Organizador de Mensagens, um dos servi�os � disposi��o dos usu�rios do correio eletr�nico pela Web. N�o � o Filtro Anti-Spam, que piorou na �ltima reforma do sistema de webmail, mas at� que continua funcionando mais ou menos. Enquanto o Filtro Anti-Spam s� funciona para excluir mensagens originadas de determinados endere�os exatos, o Organizador permite que o usu�rio crie filtros relativos a palavras-chave nos campos de cabe�alho ou no corpo da mensagem. Por exemplo, para se livrar de vez do bombardeio de spam do impenitente Link2buy, seria suficiente criar uma regra do tipo "Se o campo 'De:' cont�m 'link2buy.com', apagar a mensagem".

Seria. Na verdade, o Organizador n�o funciona de jeito nenhum. J� tentei tudo, at� passar um pente fino no site para ver se aquilo n�o � uma vers�o beta que os pr�prios desenvolvedores deixaram de lado. Algu�m duvida?

Coincid�ncia ao cubo

Escrevo sobre GameCube, imaginem o que aparece no banner desta p�gina: um an�ncio de GameCube. J� deve ter passado. Tudo � muito r�pido e curioso.

� N�IS NA FITA

Forbes e videogame: o leitor � ruim demais para entender o que � certo

Fui retificar uma �nica palavra num artigo da Forbes Brasil e acabei participando de uma situa��o-s�mbolo do jornalismo nacional. Ao tratar do GameCube, poderoso console da Nintendo, a revista tentou dar o reconhecimento devido a um dos raros setores de tecnologia digital que tem escapado da crise e atra�do um p�blico crescente e diversificado. Na pr�tica, estacionou no tempo do Atari 2600, quando os jogadores, provavelmente inspirados nos computadores populares da �poca, tratavam os cartuchos por "fitas de videogame". E, pior, a reda��o da Forbes n�o tem a menor vergonha disso.

Eis a minha mensagem, na vers�o original (os par�grafos com asteriscos foram publicados sem grandes altera��es; o resto foi exclu�do):



* Primeiro, parab�ns pelo excelente trabalho!

* Necess�rio retificar o artigo "Cubo M�gico" (Forbes Brasil, 30 de agosto de 2002, p�gina 37) no que se refere �s "fitas de videogame".

* Os jogos do GameCube v�m gravados em discos �ticos -- mais especificamente, mini-DVDs.

* Para os devidos esclarecimentos: n�o apenas o GameCube, mas nenhum outro sistema de videogames (n�o incluindo computadores) de primeira linha jamais usou fitas em sua configura��o b�sica.

Por muito tempo os videogames de mesa usaram ROMs intercambi�veis em cartuchos (que n�o continham fita nenhuma).

Alguns sistemas dos anos 80, como o bem-sucedido Atari 2600, aceitavam um acess�rio que permitia o carregamento de jogos gravados em fitas cassete. Mas esse acess�rio, fornecido por terceiros, n�o fazia parte videogame b�sico e nunca atingiu uma popularidade not�vel. E � altamente improv�vel que seja implementado algo semelhante no GameCube: os arquivos dos jogos contempor�neos s�o infinitamente maiores do que uma fita cassete pode comportar.

* Fui um dos criadores do Fliperama (www.fliperama.com.br), o canal oficial de jogos do iG. Quando precisarem de consultoria sobre videogames, n�o hesitem em entrar em contato.



O �ltimo par�grafo, como se pode notar, era destinado direta e exclusivamente � reda��o. N�o que fosse uma vergonha revel�-lo ao leitor, muito pelo contr�rio, mas quem se importa com esses detalhes na pressa do fechamento da edi��o? Eis a resposta da Forbes:



NR: Apesar de os novos videogames usarem CDs e DVDs, preferimos cham�-los de fitas, como o fazem a maioria de seus usu�rios no pa�s.



S� fiquei sabendo hoje, pois a revista chega aos assinantes desta ro�a -- que nem � t�o fora de rota assim -- com treze dias de atraso; como a Forbes n�o tem conteudo nenhum na Web, n�o h� alternativa. A mo�a do telemarketing n�o entende por que n�o quero renovar a assinatura. Falando como um rob� e incapaz de interpretar um mundo maior que sua vizinhan�a, a mo�a n�o estava programada para lidar com um abacaxi desses.

Mas a reda��o tamb�m n�o est� isenta de problemas de programa��o errada. Aponto uma palavrinha mal empregada, e a resposta vem com a nonchalance de um Casseta & Planeta confrontado com a den�ncia de que Seu Creysson fala errado. Segundo o mesmo crit�rio, pode-se escrever � vontade "seje" ou "esteje", pois � assim que a maioria dos brasileiros fala. Ou, considerando a prolifera��o dos bate-papos pela Web, oficializar as abrevia��es "vc" e "pq": o internauta as escreve e compreende, e se algu�m criticar a m� escrita, ainda manda calar a boca.

� compreens�vel que a reda��o se esforce para produzir mat�rias cuja linguagem alcance o maior n�mero de leitores. Incompreens�vel � produzir um artigo que, tomado pelo valor de face, induza � conclus�o errada de que a Nintendo promoveu um retrocesso t�cnico brutal ao fazer seu hipterturbinado GameCube aceitar jogos em fitas.

Das, duas, uma: ou a autora do artigo mencionou as "fitas" por n�o saber exatamente do que se tratava, ou acreditava ter um bom motivo para omitir que sabia que as "fitas" eram discos -- uma distin��o pr�-escolar entre objetos essencialmente diferentes. Em vez de ater-se aos fatos, preferiu a confort�vel associa��o � uma ignor�ncia generalizada.

Saudades de quanto Marcio Ehrlich editava a coluna "Video Guia" (uma verdadeira escola de videogame em meados dos anos 80) e denunciava a gafe da "fita de videogame" como efeito do baixo conhecimento t�cnico do usu�rio brasileiro, mas zelava pelo emprego dos termos corretos nos artigos. A que ponto chegamos. � claro que o caso da Forbes n�o � isolado: hoje o nivelamento por baixo � uma religi�o jornal�stica. O medo de destacar-se, numa palavrinha que seja, de uma idealizada mentalidade "coletiva" se tornou mat�ria de aprova��o nas escolas e regra n�o-escrita dos manuais de reda��o.

quarta-feira, setembro 25, 2002

Cacoete verbal �...

Um site desses a�, cujo endere�o n�o ouso citar para n�o ofender menininhos em fase de forma��o, tascou na p�gina principal: "Este site est� reestruturado com tecnologia Flash." Reestruturado! Faz todo o sentido: voc� precisa escrever imitando oci�logo da USP para ser respeitado.

Fark rulezzzzz supreme!

Ainda sobre neg�cios na Internet, o Fark.com � O Grande Modelo Pontocom do s�culo 21: n�o gera conte�do (s� indica o conte�do dos outros), arregimenta uma legi�o de fissurados e ainda cobra aos hiper-mega-fissurados (TotalFark) pelo privil�gio de receber ainda mais notinhas de terceiros e furar a fila dos f�runs de palpites. Mas, como diz um leitor-usu�rio do Fark...

This website is able to exist because it provides a content that drives potential consumers to it, some of whom sponsor it directly via totalFARK, some of whom sponsor it via ad placement, some of whom sponsor it via "click throughs" on ads, and some of whom, like basic television, watch the content go to the bathroom during the commercial breaks, and never ever watch PBS during the ubiquitous funding drives. This is a good website, but to claim the website exists solely due to the contributions of totalFARKS is inaccurate and self-aggrandizing. You ain't all that.

terça-feira, setembro 24, 2002

Voc� n�o tem �dio de...

A interface padr�o do Windows XP � uma tremenda papagaiada. Pelo visto, muita gente concorda comigo, a come�ar pelos projetistas da Microsoft -- que fizeram o favorz�o de manter a op��o pela interface "cl�ssica" (leia-se: antiquada mas poupadora de espa�o, poupadora de recursos da m�quina, consistente com vers�es anteriores e tremendamente eficaz). O mesmo n�o se pode dizer dos projetistas dos programas. Estou testando o ICQ Lite e o RealOne: ambos se esfor�am para imitar o visual do Windows XP em seus detalhes mais in�teis -- a come�ar pelos cantinhos arredondados. � o que antigamente se chamava de "viver de apar�ncia."

Blog: esse neg�cio d� certo?

"Neg�cio" no sentido empresarial do termo. Sistemas de blog d�o mole sistematicamente. O Blog*Spot, maior hospedeiro de blogs em toda a Rede, espeta seus banners no alto de cada uma das p�ginas. Mas de uma forma triplamente ruim: a) o banner demora s�culos para carregar; b) quando o banner aparece, � um daqueles "clique para saber como reduzir suas d�vidas"; c) uma vez que o leitor come�a a rolar a p�gina, o banner some de vista.

Pelo menos o Blig solucionou o terceiro item pelo m�todo (em se tratando de iG) convencional. Deve ser por isso que o iG partiu com tanto entusiasmo para esse novo man� dos deuses.

Mas algu�m olha banners? Algu�m clica em banners? H� modelo de neg�cios saud�vel que se baseie na venda de espa�o para banners? D� para levar a s�rio?

� claro, os servi�os pagos cada vez mais far�o frente aos desservi�os crescentes dos blogs gr�tis. Mas "a n�vel de" geradora de conte�do, a blogmania cheira a nova bolha especulativa. E cheira mal.

Fliperama: chegou a hora do PlayStation

Em tempo recorde (parab�ns, Jony!) entrou no ar no Fliperama meu artigo-tutorial sobre emula��o de PlayStation em Windows. No m�nimo, para que ningu�m pense que emula��o � sin�nimo de resgate de computadores/videogames da remota antiguidade. Mas desta vez tive que cumprir um dever comigo mesmo e dar uma chuveirada fria nos usu�rios que s� est�o a fim de ca�ar ROMs de jogos. :-)

Agora com coment�rios (de verdade)

Enfim este blog adotou um sistema decente de coment�rios: cada notinha vem com um link para o leitor-usu�rio deixar seus palpites, recadinhos e opini�es. N�o deixem de participar; aproveitem e confiram se o sistema funciona corretamente.

Que tremenda bobagem!

Deu na Veja (s� para assinantes):

A diva das "largadinhas"
Com 17 anos, roupas descoladas e muita atitude, Avril Lavigne �
a nova sensa��o do rock juvenil


Legal mesmo � a legenda: "Avril em a��o, de cal�a camuflada e jeito de rebelde: enquanto as estrelas malcomportadas, como ela pr�pria e a americana Pink, sobem, as patricinhas lideradas por Britney Spears d�o sinais de decad�ncia "

Hahahahahahaha! Garotinhas mais rebeldes fazendo sucesso acima das um pouco menos rebeldes, e a mat�ria d� a entender que isso � novidade?

Pelo visto, h� muitas criancinhas e velhinhos lendo a Veja. Aquelas, que n�o t�m a menor id�ia de como era o mundo antes de nascerem, n�o sabem de como essa hist�ria � velha. Estes, j� perderam a mem�ria.

sexta-feira, setembro 20, 2002

Bem feito!

Deu no Blue Bus de hoje...

Grammy Latino, fiasco na TV americana 09:44 A cerim�nia de entrega do Grammy Latino, transmitida nos EUA pela CBS na noite da 4a feira, foi assistida por apenas 4,2 milhoes de telespectadores, segundo numeros da Nielsen Media Research. Em 2000, a festa tinha sido acompanhada por 7,5 milhoes de espectadores. A queda de audi�ncia � de 44%. No ano passado, a premia�ao foi cancelada em fun�ao dos atentados do 11 de setembro. Noticia da AP diz que a emissora exibe a versao latina do evento como parte compulsoria do contrato que garante os direitos de transmissao do Grammy Awards, premio principal. Leia sobre a audi�ncia no Brasil 'Grammy Latino, media de 8, pico de 14' aqui. 20/09 Ana Kelner


Ainda bem que aparece uma alma caridosa para revelar o "resultado" de todo o hype que cercou o Grammy Latino deste ano. Nossos ilustres jornalistas t�m tanta id�ia do que seja "Grammy" quanto os organizadores sabem definir "Latino". Grammy tem 768128174398 categorias: nem sequer � preciso saber cantar para concorrer a uma estatueta. Literalmente. Margaret Thatcher certa vez ganhou o pr�mio por um disco de discursos. Padre Marcelo tamb�m j� admitiu que n�o � propriamente cantor (mera constata��o, sem entrar no m�rito do conte�do). Mas estava l�, e Xuxa tamb�m, e a imprensa "hypeou" o evento devidamente.

sexta-feira, agosto 23, 2002

quarta-feira, agosto 21, 2002

O blog eleitoral de Salom�o Gladstone
NOVO! Eis o release completo:

RUMOR TEM BLOG ELEITORAL

Rumor, o site mais engra�ado da Internet, entra na corrida eleitoral com um observador de alto n�vel: Salom�o Gladstone acompanha a propaganda eleitoral gratuita desde o primeiro dia e compartilha seus coment�rios com os internautas atrav�s da se��o Blog do Salom�o.

Enquanto durar o hor�rio eleitoral "gratuito", o Blog do Salom�o ser� destinado exclusivamente aos coment�rios do desempenho dos candidatos nos programas -- sempre com o humor afiado de Salom�o Gladstone, que n�o poupar� nenhum candidato. Al�m disso, o blog traz refer�ncias a outros artigos de interesse dos telespectadores votantes e os melhores coment�rios dos (e)leitores.

A cobertura n�o � limitada � campanha para presidente: se estende a todos os cargos eletivos (at� os divertidos candidatos a deputado estadual) e alterna an�lises das campanhas estaduais do Rio de Janeiro e de S�o Paulo.

Salom�o Gladstone � o blogueiro oficial do Rumor. Al�m do blog, Salom�o escreve para o mesmo site a novela online "Pato ao Molho Pardo" e a coluna semanal Cr�nica C�mica.

segunda-feira, agosto 19, 2002

quinta-feira, agosto 15, 2002

Mais Salom�o: Kikos Marinhos 2
NOVO! Nosso fiel escudeiro Salom�o Gladstone continua dando todas as dicas aos leitores do Rumor candidatos a criadores de Kikos Marinhos. Clique e confira!
Enquanto isso... Continua a emocionante novela online Pato ao Molho Pardo, agora em seu d�cimo cap�tulo.

Bit a Bit: Everyone's Connected
Novo! Depois de ampla distribui��o atrav�s da lista Pcbarreto, o artigo "Corrente de amigos, mais uma vez" foi publicado por Alessandra Carneiro no blog do Caderno Internet do jornal O Dia do Rio. Obrigado, Alessandra!

sexta-feira, agosto 02, 2002

Mais Salom�o: nova Cr�nica C�mica
NOVO! Os f�s das Cr�nicas C�micas e dos Kikos Marinhos n�o podem perder o que Salom�o Gladstone tem a dizer no Rumor . N�o, Virg�nia, n�o existe Papai Noel. Sim, Virg�nia, existem Kikos Marinhos.

Pato ao Molho Pardo: novo cap�tulo
NOVO! Salom�o Gladstone segue fazendo bonito no Rumor : n�o deixem de conferir o cap�tulo 9 da novela online Pato ao Molho Pardo!

segunda-feira, julho 29, 2002

Mudan�as que d�o na vista
NOVO! Como podem ver, foi inaugurado o novo visual deste blog. N�o que esta seja a �ltima reforma, � claro. O que ainda pode melhorar? Envie seus coment�rios.

Pato ao Molho Pardo continua
NOVO! Nosso fiel escudeiro Salom�o Gladstone continua arrepiando no Rumor com sua novela online Pato ao Molho Pardo. Confiram o cap�tulo mais recente... e n�o se esque�am de avisar ao Salom�o que pegaram a dica neste blog! :-)

quinta-feira, julho 25, 2002

Mais atualiza��es
NOVO! Est� no ar o quadro de mensagens deste blog. Confiram a coluna � esquerda e deixem seus palpites. O sistema ainda est� em testes: se algo der errado, por favor, avise-nos.

OBRIGADO! Continuam chovendo mensagens sobre este blog. Agrade�o a todos que conferiram e enviaram seus coment�rios: prometo manter o trabalho, assim garantindo o entretenimento geral.
Curioso mesmo � encontrar usu�rios que eram meus leitores (no m�ximo) ocasionais que se tornaram acessadores (que palavra!) ass�duos do blog. No entanto, o servi�o por e-mail continua na ativa: use o quadrinho de inscri��o no Yahoogrupos na coluna da esquerda.

CAD�? Como j� foi avisado por e-mail, o �cone do blogchalking foi retirado definitivamente na segunda-feira. Nada a ver com a qualidade do sistema em si. Ent�o, por qu�? Bem que eu poderia gastar um tempo/espa�o enorme para expor meus motivos e explic�-los ponto a ponto. Mas a quest�o n�o merece mais de cinco linhas. Depois de ler o que Daniel P�dua diz no Inform�tica Etc. desta semana, tenho que p�r os pingos nos is. Para o blogchalking voltar ao meu blog, das duas, uma: se Daniel � inteligente, tem que tornar-se honesto; se Daniel � honesto, tem que tornar-se inteligente.

segunda-feira, julho 22, 2002

Estamos no Guia 14+!
NOVO! O Guia 14+ do iBest traz (em palavras do pr�prio site) "um elenco completo do que h� de melhor na vida, organizado em 14 categorias super-interessantes - de objetos de consumo a dicas imperd�veis. Em cada uma dessas categorias, o Guia 14+ traz a lista dos 14 melhores entre os melhores, escolhidos por 14 especialistas que entendem tudo de cada assunto." Pois entre os especialistas da se��o Os Melhores Games, eis quem est� l�... Paulo C. Barreto.
Pelo menos uma coisinha eu e Narcisa Tamborindeguy temos em comum: cada um em sua especialidade, ambos somos participantes do Guia 14+. :-)

Aviso: N�o houve atualiza��o na sexta-feira por motivos de for�a maior. Voltamos com nossa programa��o normal...

quinta-feira, julho 18, 2002

ELIMINE AQUELAS TECLAS IN�TEIS
Novo artigo: Shareware faz o teclado trabalhar para voc�, n�o o contr�rio

Em tempos de janelinhas, mouse e monitorz�o em cores, o teclado passou para um injusto segundo time. At� mesmo algumas teclas perderam a raz�o de ser: mais atrapalham do que ajudam. A tecla Insert j� foi indispens�vel para colar o texto copiado... no tempo em que o Word 5.0 para DOS era o processador de textos que eu usava no dia-a-dia. O mundo mudou, os programas mudaram, mas o teclado continua mais ou menos o mesmo.

Quando o mundo informata era dominado por XTs e 286s, nem sequer havia uma tecla Insert separada: era preciso usar a do teclado num�rico (que ainda existe; pode conferir), desde que o NumLock estivesse desligado. A prop�sito: para a "garotada" acostumada a usar teclados mais recentes, para que serve o NumLock, a n�o ser para ficar ligado indefinidamente at� ser desligado num esbarr�o acidental?

Isto para n�o falar da tecla CapsLock, com sua finalidade pouco estimada nos processos de entrada de dados do s�culo 21: fazer o texto digitado sair todo em mai�sculas. No entanto, fica "estrategicamente" posicionada � esquerda da tecla A, o que � um convite para que seja ligada/desligada nas horas mais inoportunas. qUANDO MENOS ESPERA, SEU TEXTO PODE SAIR ASSIM.

Solu��o? Em outros tempos adotei uma medida radical: arranquei as teclas NumLock, Insert e CapsLock. O suficiente para que n�o voltassem a ser pressionadas por acidente, mas n�o para a elimina��o da funcionalidade: por baixo dessas teclas ainda restavam uns bot�ezinhos que funcionavam quando (e se) necess�rios.

O problema � que o truque n�o funciona com todos os teclados. Quando troquei o velho "sem marca" por um IBM Model M (o �nico teclado do mundo que tem f�-clube), tentei e descobri que arrancar as teclas seria muito pior -- o efeito est�tico n�o era dos melhores, e eu ficaria impedido de ligar/desligar um CapsLock sob qualquer circunst�ncia. Era preciso adotar uma solu��o de software.

Pois o Toggler � um programa shareware que descansa permanentemente ao lado do reloginho do Windows que avisa quando as teclas NumLock e CapsLock s�o pressionadas. Pode ser pelo pr�prio �cone, pode ser por um arquivo WAV livremente escolhido pelo usu�rio, ou ambos. J� � uma enorme ajuda para evitar que o texto saia todo em mai�sculas inadvertidamente, o que a tentativa de digita��o de algarismos no teclado num�rico resulte numa bela bagun�a.

Mas o melhor do Toggler est� reservado para os Windows 2000 e XP. Aqui voc� pode configurar o CapsLock para s� ser acionado quando a tecla � pressionada por um certo tempo (voc� ajusta o tempo certo); se der apenas um toque r�pido porque o dedo escorregou, nada acontece. Com o recurso SmartShift oS tEXTOS dIGITADOS aSSIM s�o corrigidos automaticamente. E voc� pode at� eliminar as fun��es n�o s� da tecla Insert, mas das teclas Menu e Windows -- um achado para os entusiastas de jogos que se cansaram de abrir o menu Iniciar do Windows sem querer. A prop�sito: quem precisa de tecla Windows?

O Toggler pode ser experimentado sem pagar; a quem gostar mesmo do programa, o registro custa 5,95 d�lares. N�o que eu imagine que muitos brasileiros prefiram pagar a arrancar as teclinhas, mas...

quarta-feira, julho 17, 2002

Fliperama: Falta o ColecoVision? Faltava

Aos ColecoVision�rios leitores da se��o Emuladores do Fliperama que reclamavam da falta de conte�do sobre seu console favorito: os artigos est�o l�, a corre��o dos links � que continua pendente. Eis as obras de Salom�o Gladstone sobre o hist�rico console dos anos 80:

Toda a hist�ria do ColecoVision
Como baixar e instalar o emulador Virtual ColecoVision (instru��es para Windows 32 bits, mas a emula��o � dispon�vel para in�meros micros e sistemas operacionais)
Instru��es de uso do Virtual ColecoVision
O caminho das ROMs e um monte de links sobre ColecoVision

terça-feira, julho 16, 2002

Fliperama: Tudo sobre Super Nintendo
NOVO! Nosso fiel escudeiro Salom�o Gladstone continua na se��o de Emuladores do Fliperama. Em seu novo artigo, Salom�o conta toda a hist�ria do Super Nintendo, indica um bom emulador para Windows e d� o mapa da mina para achar informa��es na Rede sobre o console cl�ssico de 16 bits. Imperd�vel.

segunda-feira, julho 15, 2002

[Hoje inauguramos uma experi�ncia-piloto: o mesmo artigo que os assinantes da newsletter (para assinar, confira o quadro � esquerda) j� leram e comentaram � publicado no blog. O que acham? Msgs � reda��o.]

UOL: A DIF�CIL CA�A AOS SPAMMERS
Artiguinho de hoje: Reforma do webmail traz mais do mesmo, s� que mais dif�cil

Os usu�rios do webmail do UOL que foram obrigados por longos anos a usar a cinzenta (literalmente) interface antiga puderam respirar aliviados com as novas p�ginas de acesso �s mensagens pelo browser. O sistema ficou mais agrad�vel e um pouco mais r�pido. Mas o trombeteado "filtro anti-spam"...

O sistema antigo de webmail tinha uma �tima defesa contra spammers (e enviadores de v�rus e remetentes chatos em geral) reincidentes, apesar de n�o ser chamado de "filtro anti-spam": o usu�rio do UOL, ao ler a mensagem do infrator, s� precisava clicar "Bloquear remetente" para incluir o tal endere�o na lista negra.

E o que ocorre no sistema atual? o link "Filtro anti-spam" abre uma nova janela que pede login mais uma vez (o mesmo login que j� tinha sido feito na entrada do webmail) e solicita que o endere�o do infrator seja digitado (ou copiado-e-colado) no respectivo espa�o.

O resultado � uma lista negra id�ntica � do sistema antigo. Os fins continuam os mesmos; os meios � que ficaram mais enrolados. Hoje, como ontem, s� � permitido bloquear spam pelos endere�os dos remetentes, nunca por palavras-chave em outros campos das mensagens (confiram as s�bias palavras do C@T).

Esperamos que o UOL possa aprimorar seus recursos de filtragem de spam. Mas o usu�rio n�o deve se fiar numa solu��o �nica. No meu caso, o UOL s� filtraria o que a barreira "gen�rica" do Pobox deixasse passar. Mas n�o � s�: o MailWasher, com seu extenso filtro compartilhado, confere as mensagens antes do download e devolve bounces fajutos aos spammers. Por fim, as regras de mensagens do programa de e-mail ainda conseguem lan�ar � lixeira um ou outro spam que tenham passado pelas barreiras anteriores. Ainda assim, n�o s�o poucas as mensagens indesejadas que conseguem vencer todos os filtros. Ai de n�s.

Trash em alta octanagem

Link do dia! Voc� teve inf�ncia. Voc� assistia TV. Sim, voc� se lembra! Eis o link...

sexta-feira, julho 12, 2002

Fark brasileiro: estamos chegando l�
Atualiza��o! No primeir�ssimo post deste blog, citei o Fark e expressei meu desejo de que houvesse algo do tipo no Brasil. H�, sim. Eis a mensagem de Gilberto "Knuttz" Soares Filho:

D� uma olhada no site que montei a pouco mais de um m�s... o nome dele � Fidido e eu tentei "abrasileirar" o Fark.com =]
Amanh� eu vou estar abrindo o site para cadastramento, o que permitir� algumas coisas que n�o podem ser feitas no momento.
D� uma olhadinha, e se poss�vel algum feedback.

quinta-feira, julho 11, 2002

Rumor: Mais Pato ao Molho Pardo
NOVO! Entrou no ar o cap�tulo 6 de Pato ao Molho Pardo, o folhetim oficial do Rumor, como sempre, com a assinatura de nosso fiel escudeiro Salom�o Gladstone. Confiram...

Artigo: Spamnet n�o agrada a todos

NOVO! Quem j� leu na newsletter poder� ler novamente. Quem ainda n�o conhece poder� conferir. Eis o artigo no Webinsider. A acrescentar, s� um esclarecimento devido: v�rios leitores consideraram que eu rejeitei categoricamente o Spamnet, o que n�o � verdade. O programa n�o � desprovido de m�ritos e tem muito a se desenvolver. Estarei de olho.

quarta-feira, julho 10, 2002

P�rola dos f�runs do Fark.com...

"Lets Make money by appealing to people who steal our software and don't pay us a cent!"

Este � o f�rum, esta � a "not�cia" em quest�o.

O C�u aos malas pertence

Em todos estes anos fazendo atendimento ao leitor entusiasta de jogos eletr�nicos, eis uma figurinha que aprendi a evitar: o representante de alguma entidade oficial de jogos (reais, n�o videogames). Por exemplo, voc� faz um jogo online de cuspe em dist�ncia e recebe uma mensagem do aspone do vice-presidente da Federa��o Ibero-Americana de Cuspe em Dist�ncia se queixando do tratamento difamat�rio �quela nobre atividade desportiva. A mensagem � sempre longa (quanto mais texto, mais o aspone aparece) e cheia de lantejoulas verbais -- aquela velha t�tica de se fazer de infinitamente superior aos advers�rios. N�o acredite quando ele disser que representa zilh�es de atletas federados. Quem tem o Di�rio Oficial como modelo est�tico de linguagem costuma andar sozinho. E com raz�o.

Artigo: Dois pesos e duas medidas

Afinal, o boletim informativo de Diego Casagrande � spam ou n�o �? Saiba mais neste artigo, que marca nossa volta ao Observat�rio da Imprensa. Pluralismo, enfim.

terça-feira, julho 09, 2002

Nova tend�ncia primavera-ver�o-outono-inverno

A nova onda da Web: atrair as crian�as para sites er�ticos usando ofertas de dicas de jogos como chamariz. V� entender... N�o sou besta de entregar os links, se � que � dif�cil encontr�-los.

Estreando!

Como sempre, Fark � leitura obrigat�ria. N�o percam... Em ingl�s. Quando teremos um desses no Brasil? Assunto n�o falta.

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