quinta-feira, janeiro 08, 2009

Kikos Marinhos: dia 8

Resultado da primeira alimentação: o número de Kikos visíveis despencou. A comida, que sempre se imaginou ser para os próprios Kikos, na verdade serve para estimular o crescimento das algas que alimentam os bebês-Kikos. Dá certo? Hoje a garrafinha experimentou um pouco mais de fotossíntese. Mas das outras vezes os Kikos foram derrubados pela contaminação da água.

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Kikos Marinhos: dia 7

Definitivamente, um brinquedo de adulto. Improvável que esse monte de crianças lerdas (ditas com "síndrome de déficit de atenção") consigam seguir instruções de mais de dez palavras sem que isso pareça uma cruel imposição autoritária.

terça-feira, janeiro 06, 2009

Kikos Marinhos: dia 6

Uma clara proliferação de Kikos, ainda pouco além de minúsculos. Pouco tempo hoje para ver a bola de cristal/universo em miniatura/milagre da ciência/bruxaria por baixo da mira do radar de credulidade. E amnahã não vai faltar trabalho.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Kikos Marinhos: dia 5

Agora já vemos mais de meia dúzia de criaturas dançando nas águas,
seguindo seu instinto de nadar contra a correnteza. Conforme o
prometido. Sea-Monkeys não decepcionam. O resultado: sim, tudo não
passa de uma grande bobagem (350ml fazem uma "grande" bobagem?). Mas a
simples menção aos Kikos desperta nos interlocutores a fé cega na
inviabilidade absoluta da proposta. (continua...)

domingo, janeiro 04, 2009

Kikos Marinhos, dias 3 e 4: nasceram!

Enfim, a ciência venceu a descrença. No entanto, a magia prevalece.

Ontem de manhã os ovos foram depositados na água purificada, como manda a tradição. Antes os bebês-Kikos surgiam nadando lépidos e fagueiros em questão de dois minutos. Desta vez levou horas. Muitas horas. Não vou ficar vigiando uma garrafinha de água esverdeada, mas só notei um (um!) Kiko vivo quando já eram umas 11h30 de hoje.

Neste momento estou vendo um Kiko nadando (não me peçam fotos; a macro da câmera não alcança algo tão pequeno e o próprio vidro distorce a visão). É o único Kiko da ninhada? Não creio. O que ocorre é que os bichinhos, além de escassos, estão surpreendentemente tímidos. Pode até ser algo relacionado com a temperatura da água ou com a forma do aquário (o gargalo é estreito e os Kikos precisam de oxigênio). Mas já é mais do que esperaria o descrente brasileiro típico.

Por quê? Para todos os efeitos, transformar um envelopinho de cristais brancos em minúsculos camarões é magia. Quer dizer, é tão pouco surpreendente quanto David Copperfield serrar uma mulher ao meio. A ciência explica. Leiam a documentação dos Sea-Monkeys. É tudo baseado em ciência -- e é um texto para crianças. Brasileiro vive sob as benesses da ciência mas, no fundo, acha que isso é empulhação e que faz parte de um povo abençoado demais para precisar queimar a mufa. Se Kikos Marinhos fossem uma bruxaria que fizesse sentido, mereceriam alguma crença.

sexta-feira, janeiro 02, 2009

Kikos Marinhos: dia 2

Água fervida e o purificador oficial dos Kikos agora descansam numa garrafinha. Amanhã despejarei os ovos instantâneos. Nestes dias quentes, o nascimento das criaturinhas será rapidinho. O verso daquela folha de instruções mostrada no post anterior é bem mais rigoroso quanto às diferenças de efeitos conforme a temperatura. Mas ainda não explica o pré-tratamento da água. Por via das dúvidas, usei água fervida, como das outras vezes. Não confio na Cedae. Muito menos em tratantes brasileiros que acham que, para fins de criação de Kikos, podemos confiar até em água do mar.

quinta-feira, janeiro 01, 2009

Kikos Marinhos, a volta: dia 1

Comportaram-se bem ano passado? Bônus para todos os que manifestaram curiosidade sobre menções anteriores aos Kikos Marinhos: acabei de comprar um novo kit de criação. Hoje recomeça a saga dos Kikos. Dos Kikos?


Bem, é meio constrangedor usar o nome comercial "Kikos Marinhos" para falar dos legítimos Sea-Monkeys, mas não vou confundir a galera. Sea-Monkeys existem continuamente desde os anos 60 e efetivamente cumprem o que prometem -- você segue as instruções, põe o pozinho na água e as criaturas surgem diante de seus olhos. Comprovei isso uma vez, comprovei outra vez e comprovarei pela terceira vez. Kikos Marinhos, com esta marca, apareceram no Brasil nos anos 70, disseminaram tanta frustração que imagino que o produto não teria sido permitido pelo Código do Consumidor, e sumiram do mercado em menos de um ano (menos de seis meses?). Reencontrei Kikos Marinhos brasileiros por volta de 2006, mas as instruções desta nova versão eram nada que pudesse ser levado a sério.


Não existem Sea-Monkeys no Brasil, nem nas lojas ditas descoladas de São Paulo. Mas em Santiago, em menos de meia hora num shopping, encontrei um quiosque (nem loja era) de brinquedos que trazia quase toda a linha de Sea-Monkeys. Quem disse que eu ia sair do Chile sem comprar frutos do mar?


O kit básico da atualidade vem com os seguintes itens:



Sobre a folha de instruções, uma pazinha amarela para a comida, uma lupa e os envelopes numerados de purificador de água, ovos instantâneos e ração para Kikos/Sea-Monkeys. As instruções, sem texto, são imprecisas num aspecto crucial: como tratar a água antes da purificação (adicionar o pozinho do envelope número 1, agitar a água e esperar 24 horas). As instruções clássicas recomendam usar água fervida. O papel contemporâneo faz supor que basta usar água filtrada ou mineral. Em comparação, os Kikos brasileiros da safra 2006 deviam ser hiper-resistentes, pois podia-se usar até água do mar ("Vamos a Santos, manhê? Vamos? Vamos? Vamos? Vamos? Vamos?"). Vou ver o que fazer, esperar o tempo regulamentar e realizar o Milagre da Vida numa garrafinha.

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