terça-feira, janeiro 07, 2003

Mais sobre a "gratuidade"

Descontando a obviedade da constata��o de que o pr�prio usu�rio paga pelo que � "gr�tis", a ang�stia da Abranet faz sentido? A associa��o se queixa de que uma parte do pagamento da Internet "gr�tis" � feito "de forma indireta, por meio do aumento das tarifas telef�nicas, para compensar o custo absorvido pelas operadoras de telefonia".

Sem tocar no n�cleo da quest�o, a Abranet insinua a defesa do controle de pre�os. Na verdade, se a companhia telef�nica (quem consegue levar a s�rio esse termo "operadora de telefonia"?) usa a bufunfa que arrecada para bancar provedores ou para premiar executivos com ilhas em Angra, isto n�o interessaria a nenhum de n�s... SE o fornecimento de servi�os de telefonia fixa fosse um mercado de livre acesso.

De qualquer forma, "gr�tis" ou pago, o acesso por linha telef�nica est� nas �ltimas - e com raz�o. Sua contribui��o j� foi dada. Aqui em casa, por 42 reais de mensalidade e nenhuma taxa de instala��o, consigo um acesso via r�dio de boa qualidade (n�o � um foguete, mas n�o deixa a menor saudade do acesso discado), dispensando aqueles cable modems caros e de compatibilidade limitada, e sem as pol�ticas comerciais question�veis dos grandes fornecedores de banda larga.

� claro, s� d� resultado em condi��es ideais: condom�nios bem grandes, com muitos usu�rios habitantes, e uma geografia que favore�a o link. Mas � t�o rom�ntica a caipirice do Brasil profundo... :-)

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