quarta-feira, janeiro 22, 2003

Deu em outro blog...

Classes mais baixas patrocinam Internet "gr�tis" dos mais ricos

�Como h� mais ricos que pobres com acesso � Internet e mais pobres que ricos com telefones, as classes mais baixas acabam pagando o subs�dio �s mais altas�

Alakazan. UOL move uma campanha contra o IG. No desespero, bota aspas na express�o termo internet �gratuita� e n�o explica como as operadoras de telefonia desviam o dinheiro da receita dos assinantes de telefone para a conta dos servidores �di gr�tis�. Abracadabra.

At� onde sei, uma empresa � livre para financiar o que quiser com a receita, respeitando leis e decis�es de acionistas etc.

E o termo classe o UOL usou para bajular os petelhos no poder? Lamber o que eu tenho de mais irland�s essa gente n�o quer.


Coment�rio necess�rio: provedor de acesso conhece melhor do que ningu�m a necessidade de se dar bem com os donos do poder. Por que hoje seria diferente?

Profissionais de alta quilometragem, aprenderam a li��o ainda nos anos da reserva de mercado, driblando as "otoridades" que decidiam quem podia (ou n�o) chegar perto de um computador. Depois sofreram com as operadoras estatais de telecomunica��es. Em tempo de linhas telef�nicas racionadas, montar um provedor n�o era para quem queria, mas para quem podia conseguir a instala��o das linhas. Quem decidia quais passariam por essa porta da esperan�a? T�o antiga quanto a Internet comercial brasileira � a chuva de teorias conspirat�rias sobre favorecimentos a provedores "amigos" enquanto candidatos a concorrentes mofavam nas filas das companhias telef�nicas. E, nos numerosos casos de falhas no servi�o, era melhor que o provedor ficasse de bico calado para n�o perder as gra�as de quem "podia".

Os provedores sabem o que fazem quando apelam a quem t�m apelado. O "pontogov" � o �nico setor da Internet brasileira que ainda cresce "em ritmo de Brasil grande". Na coluna pr�-Ano-Novo de Nelson Vasconcelos no Globo, uma produtora de Web choraminga pelo supremo sopro de vida: cr�ditos estatais subsidiados. E da parte da Telef�nica surge a �nica cr�tica razo�vel aos efeitos do modelo "tudo gr�tis" da Internet brasileira: ningu�m mais est� dando a menor pelota para produzir conte�do de qualidade.

Junte as pe�as do quebra-cabe�as. O mundo .br vai virar um Di�rio Oficial interconectado.

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