domingo, janeiro 04, 2009

Kikos Marinhos, dias 3 e 4: nasceram!

Enfim, a ciência venceu a descrença. No entanto, a magia prevalece.

Ontem de manhã os ovos foram depositados na água purificada, como manda a tradição. Antes os bebês-Kikos surgiam nadando lépidos e fagueiros em questão de dois minutos. Desta vez levou horas. Muitas horas. Não vou ficar vigiando uma garrafinha de água esverdeada, mas só notei um (um!) Kiko vivo quando já eram umas 11h30 de hoje.

Neste momento estou vendo um Kiko nadando (não me peçam fotos; a macro da câmera não alcança algo tão pequeno e o próprio vidro distorce a visão). É o único Kiko da ninhada? Não creio. O que ocorre é que os bichinhos, além de escassos, estão surpreendentemente tímidos. Pode até ser algo relacionado com a temperatura da água ou com a forma do aquário (o gargalo é estreito e os Kikos precisam de oxigênio). Mas já é mais do que esperaria o descrente brasileiro típico.

Por quê? Para todos os efeitos, transformar um envelopinho de cristais brancos em minúsculos camarões é magia. Quer dizer, é tão pouco surpreendente quanto David Copperfield serrar uma mulher ao meio. A ciência explica. Leiam a documentação dos Sea-Monkeys. É tudo baseado em ciência -- e é um texto para crianças. Brasileiro vive sob as benesses da ciência mas, no fundo, acha que isso é empulhação e que faz parte de um povo abençoado demais para precisar queimar a mufa. Se Kikos Marinhos fossem uma bruxaria que fizesse sentido, mereceriam alguma crença.

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