quarta-feira, agosto 01, 2007

Ruy Castro enfia o sorvete na testa

Daí começou-se a bater na desimportância do Pan. Ela podia ser medida pelo fato de que a imprensa americana não lhe estava dando bola. Mas e daí? Os americanos são assim mesmo, de um provincianismo ridículo. Tiveram a honra de sediar uma Copa do Mundo de futebol em 1994 e, nas duas primeiras semanas, seus jornais também a ignoraram, em nome dos campeonatinhos locais de rúgbi e beisebol.
Entenderam, crianças? É assim que se faz no Brasil um jornalista "respeitado" e cheio daquela aura energética chamada "credibilidade": comece dizendo que nos Estados Unidos se joga râguebi (aqui sigo a redondamente vantajosa grafia lusitana). Ruy Castro é a velhinha fofoqueira anônima de Peyton Place.

[Update 1] O futebol profissional masculino está com a vida ganha no Brasil (imagine se o Campeonato Brasileiro não fosse uma divisão de base para exportação de craques para a Europa). Ganhou cinco copas. Não está nem aí para a falta de um ouro olímpico. Não esteve nem aí para um ouro sub-olímpico no Pan. Entraram em campo uns menininhos, perdeu a medalha e tudo ficou por isso mesmo.

[Update 2] Já que nem os americanos gostam de futebol (de bola redonda) nem os brasileiros gostam de beisebol, os desorganizadores do Pan arrumaram um campinho de beisebol improvisado no rockódromo-lamódromo. A seleção dos EUA, no entanto, estava tão interessada em medalha quanto o escrete canarinho de futebol de campo masculino.

[Update 3] Eu sou o exemplo supremo de brasileiro que não está nem aí para beisebol e não tem a menor idéia de como se joga aquela p@#$&*@#$%*.

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