Como era gostosa minha reserva de mercado
Enfim um lampejo de racionalidade: os usuários do Speedy, "o" serviço DSL de São Paulo, não precisarão mais pagar a provedores inúteis.
Como os provedores inúteis reagem? Assim.
Trecho da matéria: "O presidente da Abranet afirma que os provedores cobram preços competitivos e adequados para o serviço que prestam, o que inclui ferramentas de segurança, suporte, e-mail e muitas vezes conteúdo".
Segurança: O tráfego passa realmente pelos provedores?
Suporte: "Desculpe, isso é culpa do Speedy, não do provedor."
E-mail: Como brasileiro é tudo burro, nunca ouviu falar de caixa postal grátis.
Conteúdo: Esfreguei os olhos para reconferir se quem afirmava era o presidente da Abranet ou o presidente de um determinado provedor. O mesmo cuja caixa de mensagens ainda nem passou da era da Web 1.1. O mesmo que pensa que o mundo permanece na era da política de portais pré-2000.
A era de ouro dos provedores brasileiros foi a do link de 64k compartilhado por trocentos usuários que pagavam, cada um, uns 30 dólares de taxa fixa mais o proporcional pelo tempo de uso mais o custo do telefone (astronômico para quem não vivesse numa cidade politicamente favorecida pela operadora de telefonia). Mas pelo menos os militantes antitruste não podiam reclamar: naquele tempo a concorrência era muito maior! Daí que, como os provedores eram muito bonitinhos e fofinhos, acabaram sendo agasalhados por uma lei que consagra a inutilidade, o relaxamento, o atraso, a pilhéria com a desgraça alheia.
Que tal produzir uns serviços que valham a pena ser pagos, para variar?
Que seja mantida a decisão, que os provedores enfiem a viola no saco e que a voz da razão de São Paulo seja ouvida nos outros estados.
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