quarta-feira, agosto 01, 2007

As salsinhas e o desemprego

Daqui, ó.

Esta eu descobri graças ao Guilherme, que me mandou um link sobre a Sylvia Kristel, no Verdes Trigos. Imediatamente me lembrei de um de meus desejos de infância, minha vizinha Rosane ser jornaleiro. Eu achava o máximo, poderia ler todos os jornais e revistas, e ainda ganharia dinheiro com isso. Depois vi que não era uma profissão muito rendosa, em uma banca de subúrbio, mas continuei a admirar a possibilidade de ter acesso a todo aquele material. Seguido a isso, só trabalhar em uma livraria.

Mas pelo visto, as salsinhas não compartilham dessa minha visão. Vejam o que encontrei, graças ao Verdes Trigos. Foi publicado na coluna do Gilberto Dimenstein, de hoje.

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Canssei, cancei ou cansei?
Um vendedor da Livraria Cultura, na avenida Paulista, consegue tirar até R$ 4.500 mensais, com direito a assistência médica e odontológica, além de receber bolsa para estudar na faculdade. Dependendo do seu desempenho, ganha um bônus no final do ano -sem contar os descontos para a compra de livros. Mesmo assim, um dos principais problemas daquela livraria é atrair e manter empregados. “É desesperador”, resume Pedro Herz, proprietário da livraria.

Desesperador porque os candidatos a vendedor apresentam falhas na sua formação, a tal ponto que muitos deles não perceberiam o erro no título desta coluna. Uma boa parte dos contratados não se adapta às exigências do trabalho, deixando o emprego na fase de experimentação. Resultado: vagas abertas há muitos meses, o que acaba por impactar a capacidade da livraria de elevar suas vendas.

Eu poderia escrever umas dez páginas, mas nada que eu diga vai ser mais contundente que os dois parágrafos acima.

2 comentários:

i disse...

Taí o que vou fazer quando voltar: vender livros na Livraria Cultura. Pelo menos sei escrever canzei.

Anônimo disse...

Amigo. A publicidade para a Livraria Cultura que o Sr. Dimentein promove diz respeito apenas a quem quer utilizar a notícia como chamariz para uma chuva de currículos, a saber, os próprios proprietarios, amigos íntimos do próprio "jornalista". Para tal materia, o Sr. Dimenstein entrevistou somente os proprietários, em momento algum conversou com os que lá trabalham. Essa história de R$ 4.500, bolsa estudo para todos, + benefícios e ainda, para alguns, um bônus, é totalmente questionável. Uma vez que ele não consultou hollerites, opiniões de funcionários sobre as condições atualmente limitadoras da saude física e mental de qualquer um quer lá trabalhe como vendedor, dado que a escala, insuficiente, não se dá por falta de qualificação, mas por falta de intenção quanto a verba destinada para este fim. É patético que um jornalista "irresponsável" se deixe vender por amizades e ainda subestime a falta de emprego corrente no país a partir de uma análise pessoal que se diz representativa. Pense bem sobre isso e espero que nosso jornalista enfadonho pense também.

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