terça-feira, outubro 21, 2008

"Último volume! complete sua coleção!"

É o que diz o adesivo no plástico do volume 41 d'O Melhor da Disney - As Obras Completas de Carl Barks, Editora Abril.

Completei. Um longo, longo, longo e irregular caminho desde 2004, mas completei. O adesivo é sério ou tem mais alguma raspinha no fundo do tacho? Acabou, né?

Tenho medo que o volume tenha sido o último não só para a coletânea de Carl Barks como para os quadrinhos Disney no Brasil. Sério. É medonho. Estão desaparecendo. Do próprio volume 41 d'O Melhor da Disney só achei um exemplar solitário numa banca única no Centro do Rio. Tio Patinhas, Zé Carioca, Pato Donald e Mickey, só em poucos locais, escondidas e espremidas entre mangás, Mônica e mangás da Mônica (super-heróis estão sendo tratados com algum luxo e esplendor, mas em outra seção da banca). Tremo só de pensar no que a garotada anda lendo.

Uma franquia de 58 anos está naufragando. E não imagino quem tenha, no Brasil, o menor interesse de assumi-la. A Abril cumpriu sua promessa e honrou a memória de Carl Barks até o finzinho -- e foi com um Barks que tudo começou, n'O Pato Donald número 1. Será um aviso de que sua missão nos quadrinhos Disney está cumprida?

sexta-feira, outubro 03, 2008

Dinheiro falso, volume I: vale-transporte

No Estado do Rio, qualquer cidadão pode ir a um supermercado de uma certa rede e comprar um cartão magnético para usar em ônibus, trens e barcas (o Metrô ainda não entrou na jogada e as vans semilegais inventaram seu próprio sistema de vale-transporte). Entrega 40 reais em dinheiro, recebe um cartão que dizem valer "40 reais". Ora, se eu tenho no bolso R$ 2,10 em notas e moedas, posso fazer mil coisas com esse dinheiro. Na verdade, ninguém no Brasil pode se recusar a aceitá-lo. Se eu tenho um crédito de "R$ 2,10" em vale-transporte, não serve para nada além de pagar uma passagem de ônibus. Qual dos dois dinheiros vale mais?

Google