"Último volume! complete sua coleção!"
É o que diz o adesivo no plástico do volume 41 d'O Melhor da Disney - As Obras Completas de Carl Barks, Editora Abril.
Completei. Um longo, longo, longo e irregular caminho desde 2004, mas completei. O adesivo é sério ou tem mais alguma raspinha no fundo do tacho? Acabou, né?
Tenho medo que o volume tenha sido o último não só para a coletânea de Carl Barks como para os quadrinhos Disney no Brasil. Sério. É medonho. Estão desaparecendo. Do próprio volume 41 d'O Melhor da Disney só achei um exemplar solitário numa banca única no Centro do Rio. Tio Patinhas, Zé Carioca, Pato Donald e Mickey, só em poucos locais, escondidas e espremidas entre mangás, Mônica e mangás da Mônica (super-heróis estão sendo tratados com algum luxo e esplendor, mas em outra seção da banca). Tremo só de pensar no que a garotada anda lendo.
Uma franquia de 58 anos está naufragando. E não imagino quem tenha, no Brasil, o menor interesse de assumi-la. A Abril cumpriu sua promessa e honrou a memória de Carl Barks até o finzinho -- e foi com um Barks que tudo começou, n'O Pato Donald número 1. Será um aviso de que sua missão nos quadrinhos Disney está cumprida?