quarta-feira, junho 29, 2005

Acabou a brincadeira

(texto intencionalmente sem acentos)

Voce sempre achou que neste blogzinho faltavam atualizacoes, faltava conteudo e, antes de tudo, faltava foco? Voce estava certissimo o tempo todo. Estava.

Chegou a hora de (re)orientar este espaco virtual rumo a um projeto util -- e com a sua participacao!

Ao dobrar da esquina do segundo semestre, comeca o projeto do romance da bolha pontocom.

Romance? Isso ai': em todos estes anos nesta industria vital, nunca publiquei livro algum. Dei um apoio "espiritual" 'a distribuicao e PDFizacao de "Sangue em Pastopolis e Pato ao Molho Pardo", do meu amigo Salomao Gladstone; de qualquer forma, folhetim e' folhetim e romance e' romance, e nao houve mesmo uma versao tradicional impressa.

Bolha pontocom? Nao exatamente, mas vale a frase de efeito. A corrida do ouro da especulacao interneteira, que comecou mais ou menos no tempo do lancamento das acoes da Netscape, passou batida pelo "fim do mundo" de agosto de 1999 e desconheceu qualquer desastre na virada do ano 2000. Mas o triunfo dos geeks nao iria muito alem: meses depois a Nasdaq atingiu seu pico e o mercado de internet foi gradualmente reconduzido a avaliacoes realistas (nao preciso entrar nos detalhes historicos que provavelmente voces conhecem melhor do que eu).

Pois o romance sera' vivido no auge da euforia: comeca em dezembro de 1999 e acompanha a escalada das acoes -- enquanto ha' escalada.

O local: Brasil, especialmente Rio de Janeiro. Ja' sei: "Essa e' a maior ideia de jerico que ja' encontrei em todos os relatos da bolha pontocom! O Brasil e' um quase nada na informatica mundial e o mercado brasileiro e' feito de Sao Paulo, Sao Paulo, Sao Paulo e umas filiais sem importancia."

Pode ser, mas o desenrolar da historia mostrara' que havia serios motivos para se manter uma -- ao menos uma! -- grande e promissora empresa pontocom no Rio, quando praticamente todas as outras estavam em Sao Paulo ou foram conduzidas ao paulistocentrismo pela dinamica dos negocios.

O centro da acao e' o negocio de internet daquele momento, resultado da fusao do maior provedor carioca, um nome tradicional desde o tempo do BBS, com um portal-revelacao, criado no fundo do quintal por um menino-prodigio, que em poucos meses se tornou o queridinho dos investidores (em 1999 o Brasil ainda estava razoavelmente alheio 'a politica de portais). Conduzindo a fusao, o brasileiro que se tornara uma das maiores raposas de Wall Street.

Mas a história tem muito mais do que negocios. Aguardem...

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