terça-feira, agosto 17, 2004

Vexame médico

Enfim a tarde, quase noite, do exame pré-admissional. Levei comigo os necessários quilos e quilos de exames de sangue. Começa-se a dar o sangue antes mesmo do trabalho.

De cara, um longo questionário sobre o background (desculpem o palavrão) de saúde do candidato. Seguindo instruções de alto gabarito, marquei cruzinhas em todos os quadradinhos que indicavam que estava tudo bem, tudo ótimo, tanto comigo quanto com meus parentes.

Por que o médico, como gente civilizada, simplesmente não pergunta: "E aí, como vai? E a família?"

O exame diz que meu colesterol está meio alto, mas com uma ressalva do tipo "Isto que você acabou de ler não necessariamente significa isto; você, que não deu ouvidos ao papai e se formou em qualquer coisa menos medicina (se é que se formou), é um reles mortal incapaz de interpretar o resultado mais óbvio". Obedientemente, fiquei calado até que o médico sentenciou: "O seu colesterol está alto." Caminhada três vezes por semana. Acho bom cooperar; as câmeras do Departamento Médico podem estar espetadas em postes por aí.

Mas se índice de colesterol fosse eliminatório, muitos colegas já teriam dançado há tempos.

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