terça-feira, julho 08, 2003

O terremoto nas caixas postais: meus dois centavos

Ninguém agüenta mais o antispam do UOL. Antes mesmo de conferi-lo eu já não agüentava o macaquinho bonitinho que o UOL arranjou para "humanizar" sua publicidade, já que as tais "autoridades científicas" decretaram que há uma diferença minúscula entre o código genético dos chimpanzés e dos humanos. É verdade. E, relativamente aos resultados, a diferença entre os DNAs do homem e da minhoca é praticamente nula. No entanto, os editores de ciência de nossos jornais são fiéis ao espírito de seus leitores: acreditam em qualquer coisa, menos no que devem mesmo acreditar. Nunca vi um chimpanzé montar um provedor e usar um ser humano como garoto-propaganda.

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Na minha experiência, o antispam foi um fracasso total. Promete só deixar passar as mensagens de quem você conhece, conforme a lista de endereços cadastrados. Entrei em minha conta, ativei o serviço que põe em quarentena as mensagens de fora da lista de endereços e fui adicionar o endereço das listas de distribuição de minha preferência. Impossível. A mensagem de erro: "Atenção! Não foi possível efetuar esta operação.Sua lista de endereços autorizados chegou ao limite."

Na verdade, a lista de endereços autorizados estava vazia.

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O sistema de autorlizações, base do antispam do UOL, nem é novidade. Mas nunca tinha sido tão mal implementado em escala tão grande. Pelo que parece, todos os usuários iniciantes (pelo menos os que tiveram mais sorte do que eu com a lista de endereços) estão aproveitando o doce sabor da privacidade... a custa de um bombardeio de solicitações (em HTML!) de autorização (que deve ser feita num endereço da Web!) para o efetivo recebimento das mensagens legítimas.

Os administradores de caixas postais em outros provedores não estão exatamente lisonjeados. Tenho notado um certo prejuízo no tráfego de mensagens entre o UOL e o resto do mundo. Se não é por restrições propriamente administrativas, é certo que o fogo cruzado de autorizações não tem ajudado na fluidez do tráfego. Tem sido alto o preço a pagar pela exclusão de mensagens prometendo dinheiro fácil e ereções prolongadas.

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Há opinião contrária? Até que enfim a imprensa de informática está se libertando, lenta e gradualmente, da política de portais. Na euforia pontocom, os portais absorveram todos os noticiários online relevantes. E quase todos os portais arranjaram suas alianças com "antiquados" jornais, revistas, tevês e rádios. Um exemplo perfeito de aversão ao risco.

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