quarta-feira, dezembro 19, 2007

Computador: Uma Biografia

O filme "Tron", em seu tempo de exibição, 1982-1983, causou impacto pelos poucos que o viram e entenderam mais ou menos do que se tratava (uma tribo de nerds, se quiserem chamar assim); de resto, foi descascado pelos críticos e foi mal de bilheteria. Não tinha uma personalidade que pudesse receber os ônus e os bônus. Quem era o diretor? Quem escreveu o roteiro? Quem eram, naquele tempo, os atores? E o que era a Disney do início dos anos 80 além de uma razoavelmente competente administradora da obra pregressa de Walt D.? Numa interpretação muito rigorosa, até a trilha sonora, de sintetizadores, era música falsa. Teoricamente era um filme sem gente. "O computador" era o astro principal -- é aí que mora seu pioneirismo. Mas a participação real da computação gráfica em "Tron" foi menor do que se imagina.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Amarelo aparece mais

"O Planeta Diário", o livro, está aparecendo bem nas livrarias. Todas as livrarias. Pelo menos no Rio, onde a marca é mais lembrada -- digo isso dos "coroas", pois o jornal fechou há quinze anos e "ninguém" que apareça hoje como público-alvo no radar dos marqueteiros era alfabetizado em 1992. A capa amarela ajudou muito. Pense nas canetas marca-texto, pense nas placas rodoviárias de advertência. O jornal original dos anos 80, quando preto-e-branco, não tinha esse destaque natural. Só não desaparecia no meio dos jornalões porque era o único tablóide que costumava aparecer nas bancas cariocas. Capa em cores, só de 1990 em diante, recurso que só não foi um "upgrade" porque foi explorado mormente para anexar cabeças de políticos em corpos constrangedores (batendo de frente com a "Casseta Popular" e rebaixando-se até ao "Anormal", um esquecível concorrente anarco-tosco que xingava o "Planeta" de "vendido").
Por justiça histórica, um dia será revelado o iceberg administrativo que arrombou o casco do "Planeta". Do jeito que as coisas iam até a virada de mesa de 1992, quando a casa foi arrumada para ser fechada, o jornal não daria certo nem se vendesse um milhão de exemplares por mês. Quem supostamente responderia pelo rombo não é Googlezável; quem tiver espírito de Clifford Stoll e quiser meter o nariz em papéis empoeirados encontrará algum esclarecimento nos expedientes dos "Planetas" da época.
E com isso encerro o assunto. Pelo menos enquanto não sair a suposta nova edição de "A Vingança do Bastardo" e -- quem sabe? -- não tivermos mais um volume de lembranças do "Planeta".

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