terça-feira, maio 30, 2006

03 Maio, 2006

Caras durões estes, huh?

O soldado boliviano da esquerda nesta foto está bem confiante para alguém que está completamente sem pentes de munição, até mesmo no seu próprio fuzil...!

Fala sério...
posted by Leandro @ 3:18 PM

quarta-feira, maio 24, 2006

Sigue Sigue Sputnik de volta ao Brasil

[ja' sei, ja' sei, saiu sem acentos]

Enfim entre os paulistanos, depois de 17 anos de ausencia, um autentico
fossil dos anos 80. Esquecam desenhos antigos, videogames toscos, discos
do Balao Magico, pirulitos que vendiam na porta do colegio. Entre as
bandas de rock, so' mesmo o Sigue Sigue Sputnik nao tinha como existir
antes dos anos 80 nem teve existencia real depois da Decada Perdida.
Depois conto o resto...

terça-feira, maio 23, 2006

O Grande Número do Desaparecimento

Márcio Thomaz Bastos, Ministro da Justiça, confessou que teve um encontro secreto com Daniel Dantas, que o acusa, e a vários de seus companheiros de governo, de possuir contas em paraísos fiscais. Repita-se, a bem da clareza: Márcio Thomaz Bastos, Ministro da Justiça, confessou que teve um encontro secreto com Daniel Dantas, que o acusa, e a vários de seus companheiros de governo, de possuir contas em paraísos fiscais. Isso não é uma notícia: é uma bomba atômica. (mais...)

"Sou brasileiro, pobre e banguela... Mas o que importa é que sou feliz"

Aqui! Aqui! Aqui!

segunda-feira, maio 22, 2006

Depois dessas palavras (“choque social”, “convergência suprapartidária”, “trazer a imprensa”) e da conotação negativa que se atribui à Justiça – “inimiga da revolução”, só faltou dizer - , já dá para imaginar o que o hoje Ministro da Justiça (Ministro da própria!) queria dizer com “renovar todas as instituições”. (Aqui...)

Para não dizer que não falei de vinho

Aqui.

domingo, maio 21, 2006

Saio do Orkut. Não entro para a História

Estes são meus primeiros momentos sem Orkut nos últimos dois anos. Enviei um recadinho aos contatos e encerrei a conta. Não faço mais parte do banco de dados de usuários do Orkut. Assim. Sem maior cerimônia.

Os contatos que já me conheciam no "mundo real" saberão como me encontrar fora do Orkut. Dos outros, que só eram "contatos" no sentido estrito que o site de relacionamento atribui ao termo, só quero distância.

Agora que tirei esse peso das costas, estou mais livre para falar mal do Orkut. Não é o caso. Primeiro, nunca tive problemas com o Orkut. Segundo, diferentemente da crença dominante, nem todos os fardos pesados são absolutamente desvantajosos. Só depende do que se carrega, de onde se vem e para onde se vai. Qual é o rumo do Orkut? Alguém sabe?

O site, na teoria, é uma beleza. Mantidos seu mecanismo e seu espírito, poderia ter se tornado um megassucesso internacional. Virou um fenômeno quase exclusivamente brasileiro porque os "internacionais" não agüentam mais o que o site se tornou em pouco mais de dois anos. O grande negócio é fingir que conhece um monte de pessoas cujos "amigos" não passam de umas letrinhas na tela. Estão todos maciçamente reunidos em torno do afastamento mútuo.

*****

É até difícil acreditar quanta gente no Orkut está "se dando bem" -- sim, nesse sentido mesmo que você imaginou. Relacionamento íntimo é uma arte que vem do tempo das cavernas. Nesse negócio mente-se muito desde sempre: separar a verdade da mentira faz parte do jogo. Pelo menos sempre houve na enganação um método fácil de observar. O pobre se fazia de rico, o picareta fingia honestidade, o feio aumentava sua belezura. Nem essas velhas tradições passam incólumes no Brasil.

Na medida em que o Orkut criou novos meios para que pessoas façam contato com pessoas (ou "pessoas" feitas de bits e bytes que só existem na fantasia de seus criadores), virou o paraíso da exposição mútua das esquisitices. Quanto mais você for louco, feio e vândalo, maior o seu sucesso social.

Os criadores do Orkut achavam que a comunidade regularia a si mesma através da rede de vínculos sociais. Só esqueceram de combinar isso com a "elite branca" (royalties a Cláudio Burns Lembo) que acessa a internet no Brasil. Resultado: prostituição, tráfico de drogas, pornografia infantil, apologia a ideologias criminosas. Os honestos ficaram quietos ou saíram de cena, deixando livre o caminho para a classe bandida da rede. Deve ser o conceito brasileiro de "liberdade de expressão".

*****

Os homens da lei brasileiros não estão gostando nada disso. Querem que a poderosa/odiável Google Inc., dona do Orkut, abra o baú das informações sobre os orkuteiros que têm violado a legislação nacional. O escritório da Google no Brasil começou dizendo que nada tinha a ver com o site, que é hospedado nos Estados Unidos, e que a representação brasileira só serve para negócios. Declaração cem por cento correta, mas ainda assim uma linda contribuição aos anti-Google.

Num contra-ataque estrepitoso, segundo o Info Online de 18 de maio, "o Ministério Público poderá ainda pedir a 'desconstituição da pessoa jurídica' do Google no Brasil caso a empresa 'continue ignorando a ordem de abrir o sigilo de seus usuários'. A medida, na prática, obrigaria a divisão brasileira da empresa a deixar o país."

Qualquer atitude será completamente inútil. Se a Google sair do Brasil, os usuários continuarão acessando os servidores do Orkut lá na Califórnia. A não ser que, à moda chinesa, uma barreira virtual de censura impeça o Brasil de ter acesso ao Orkut, o que está longe dos planos do MP.

Imagino que, para evitar maiores problemas, a Google americana deva entregar os dados exigidos. Que o faça já para que as autoridades brasileiras se convençam logo de que não há o que se possa rastrear a sério. Nada é mais fácil do que criar no Orkut perfis falsos com dados inverificados e inverificáveis. Se quem busca o Orkut para arrumar parceiros(as) de intimidades sabe disso, os criminosos sabem mais ainda.

Pelo menos a bronca do MP tem uma base incontestável: o Orkut não tem feito tudo o que pode para criar e manter um ambiente limpo.

Há algumas semanas o Orkut incluiu por padrão nas páginas iniciais dos usuários uma lista de visitantes recentes. Foi o suficiente para deixar em pânico muitos orkutianos subitamente expostos pela xeretice alheia. Preocupam-se por bobagem. Todo mundo pode entrar no perfil de todo mundo por qualquer motivo ou por motivo nenhum.

Pelo menos esse recurso pode ser desativado conforme a preferência do usuário. Enquanto isso, tem feito falta desde os primórdios do Orkut um elemento que deveria ser mostrado obrigatoriamente, com o maior destaque possível, em cada uma das páginas iniciais: o nome de quem indicou aquele usuário. Acompanhem meu raciocínio:

1) Ninguém cai de pára-quedas no Orkut. Todo usuário, com perfil verdadeiro ou falso, só entrou porque foi convidado por alguém e tinha um endereço email válido para receber o convite. Nazistas, pedófilos e traficantes só entraram no Orkut (e convidaram para o Orkut seus próprios amigos picaretas) porque algum dia alguém traiu a confiança de gente honesta.

2) Todos querem aparecer. Pelo menos até o ponto em que interessa, a melancia no pescoço é adereço obrigatório. Farão todos os "amigos" que encontrarem pela frente e entrarão nas comunidades mais absurdas possíveis -- quantidade, não qualidade -- enquanto acreditarem que seus podres não serão contestados.

Resumindo: com a revelação do "Q.I." do usuário, antes mesmo de quaisquer ordens judiciais, todos os orkutianos teriam a resposta clara e antecipada da pergunta tão necessária: "Quem deixou o nazista entrar?"

sábado, maio 20, 2006

Fala, Nariz Gelado

Quando alguém do PFL começa a usar o termo "burguesia" em seu aspecto mais pejorativo e marxista, concluo que está tudo dominado. Quando avança o sinal preconceituosamente, para dizer que esta burguesia é "branca e má" me bate a certeza de que o Estado que ele governa está às portas do Apocalipse. (mais...)

Dantas fez, entregou e continua operando (Veja, edição de 24 de maio)

Aqui.

CPI: Caí nesse conto do vigário

Não critiquei a extensão do período de trabalhos das CPIs. Deveria ter feito. Há um motivo para os eles terminarem em 120 dias. Trabalhei para o bem do PT, para o bem de Lula, e só me dei conta há dois minutos atrás. Faço parte da quadrilha. Too late now, no turning back. Preciso ser punido. Sejam clementes. (mais...)

E continua o baile

Essa entrevista do tal Cláudio Lembo não poderia ser mais reveladora. Um exemplo clássico dessa retórica socialista que vem destruindo países pelo mundo todo.

Quando eu lí Atlas Shrugged achei que aquela história de "greve dos produtivos" era meio maluca. Mas conforme o tempo foi passando a idéia foi fazendo mais e mais sentido. (mais...)

terça-feira, maio 16, 2006

Os números da encrenca, segundo Josias de Souza

São Paulo viveu uma guerra. Morreram 128 brasileiros, entre bandidos, policiais e civis. Eis os números da encrenca:

- Ataques: 251 ataques (80 a ônibus);

- Suspeitos mortos: 71, (19 na madrugada desta terça);

- PMs mortos: 23;

- Policiais civis mortos: 6;

- Guardas municipais mortos: 3;

- Agentes penitenciários mortos: 8;

- Civis mortos: 4;

- Presos assassinados em rebeliões: 13;

- Feridos: 22 PMs, 6 policiais civis, 8 guardas municipais, 1 agente

penitenciário, 16 civis;

- Suspeitos presos: 115;

- Armas apreendidas: 113. (mais...)

Com a palavra, Janer Cristaldo

Que se pode esperar de um país que teve recentemente como ministro um terrorista treinado em Cuba e hoje tem como ministra uma assaltante de bancos? Que se espera para entregar um ministério a Marcola? Este pelo menos não brinca em serviço. (mais...)

Basta! Basta! Basta!

Os melhores métodos usados pela guerrilha urbana na guerra de nervos são os seguintes: (mais...)

Guerrilha no Paraguai (sim, você não leu errado)

Isso já acontece faz tempo. A imprensa brasileira, mais falsificada que certos uísques "escoceses", geralmente não costuma ligar a mínima ao que aflige o Paraguai. E neste caso específico, entre uma análise honesta e o silêncio obsequioso, prefere o que dá menos trabalho e menos aporrinhações políticas. Tudo isso justamente na fronteira da... Confiram o mapa.

Paraguay sospecha colombianos participaron en ataque a comisaría

Basta já! (VIII)

Ao matar cruelmente agentes de segurança de vários níveis, o crime organizado de São Paulo diz ao que veio: a meta é atingir o já cambaleante Estado brasileiro. E enfraquecê-lo ainda mais. E pisoteá-lo. E a partir daí ter o poder do raio e do trovão que algumas máfias já tiveram em tempos passados. Neste sentido, não há qualquer diferença na prática aos atos praticados por grupos terroristas como as Farc e o Sendero Luminoso. (mais...)

Basta já! (VII)

As percepções sobre a violência perderam há muito o bonde da realidade. Só o descolamento pode explicar o eterno retorno da falsa oposição entre repressão e educação. E só o descolamento pode explicar o duelo entre as duas principais forças políticas nacionais em meio às ruínas e à beira do abismo, como se não houvesse gravidade.

O crime tem seus chefes. O Estado não tem líderes. Apertem os cintos. (mais...)

Descaradamente copiado e colado do Radamanto


maio 15, 2006

CONVOCAÇÃO DA SELEÇÃO DECEPCIONA PAULISTAS

chaos.JPGAinda agora no Último Segundo
Posted by Radamanto at 06:05 PM

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Basta já! (VII)

Quem quer que trate esses casos aí em SP (o que vale também para a situação das favelas cariocas) como uma mera questão de "Segurança Pública" é um filho da puta conivente com o Terrorismo e com a destruição do que resta do país. Sempre que alguém associar isso à "falta de Segurança Pública", pense comigo: "Ou esse indivíduo é um fracote ou ele é cúmplice".

Assim que começarem a aparecer termos como "toque de recolher", "Estado de Emergência", "Estado de Sítio", "guerra civil", "medidas de exceção", etc, só a partir desse momento as coisas podem iniciar uma melhora. (mais...)

Basta já! (VI)

Agora, com a onda dos atos de terror patrocinados por organizações criminosas como o PCC (Primeiro Comando da Capital) – com um saldo de (até agora) 55 mortos – fica claro uma coisa: O Brasil acabou!! (mais...)

Basta já! (V)

Seriam cinco horas da tarde, eu voltava de um almoço tardio. No restaurante, o garçom me avisa que fora decretado toque de recolher na Avenida Paulista. Exagero de jornalista, pensei com meus botões. Ao pagar, o garçom me avisou que o toque de recolher fora estendido a meu bairro, Higienópolis. Bom, aí já era mais grave. Na Angélica, algo estranho na rua. Tráfego nervoso, pessoas com ar de quem vai, não com ar de quem vem. Na altura da praça Buenos Aires, tropeço com duas amigas. "Que estás fazendo aqui? É hora de estar em casa." Assustadas, elas corriam para seus apartamentos. Me alertaram que estávamos sob toque de recolher e mais: que o toque de recolher fora decretado pela bandidagem. "Palhaçada" - resmunguei, e continuei meu caminho despreocupadamente. (mais...)

Basta já! (IV)

As facções criminosas que cometeram uma série de atentados no estado de São Paulo no último final de semana precisam tomar alguns cuidados. Enquanto suas vítimas forem simples policiais, bombeiros, investigadores ou pessoas comuns, não há nenhum problema. Tudo seguirá rigorosamente como se encontra: o policiamento preventivo continuará insuficiente; a vigilância das fronteiras continuará porosa, permitindo o contrabando de armamento pesado; os inquéritos policiais continuarão sem esclarecimento ou se arrastando por anos; e as ações penais continuarão sendo alvo de infindáveis recursos até beneficiar os criminosos com a prescrição. (mais...)

Basta já! (III)

Segundo o presidente eleito, pobre rouba, mata e comete atrocidades. Precisamos urgentemente de um programa governamental que coloque os pobres no rumo correto já que existe uma legião deles excluída dessa vida de bandidagem e, portanto, impedidos de seguir o que determina a sua natureza.

Uma curiosidade: qual será a renda a partir da qual um criminoso frio e covarde se tonará um cidadão de bem e respeitador das leis? Alguém sabe? (mais...)

Deu no E-Agora:

Filho de pai boliviano e mãe brasileira, paulista de Osasco, Marcos Willians Herbas Camacho tem o primeiro grau completo, concluído na prisão, e se gaba de ter lido dezenas de bons livros. Seu rosto parece familiar: lembra o do escritor Fernando Sabino. Com 38 anos de idade, mais da metade passados na cadeia, Marcos foi casado com uma advogada, assassinada em 2002 por encomenda de um rival. No submundo, ele é o Marcola, o 'intelectual do crime', o chefão do PCC. Josias de Souza, em seu blog, traça um interessante perfil do bandido letrado que tocou o horror em São Paulo.

'Intelectual do crime' comanda a desordem em SP

Blog do Josias

Após um dia tenso de trabalho nos bloqueios da principais vias da cidade, o cabo da PM voltava para casa uniformizado, sozinho, como um "alvo ambulante". Num comportamento anormal para policiais em transporte público, ele mantinha a arma em punho dentro do trem, em pé, no canto do último vagão.

O policial vinha da estação Sé com destino ao interior, onde mora com a mulher e dois filhos. Segundo o PM, sem o uniforme ele precisar pagar a passagem de volta para casa.[...] Se derem condições para a gente trabalhar e nos permitir ´soltar a mão´, não precisaremos da ajuda de ninguém", disse o soldado.


"Direitos humanos"? Só para humanos. (mais...)

Basta já! (II)

Era o caso de chamar essa senhora para dizer quais políticos estão se beneficiando do dinheiro do crime organizado, não? (mais...)

Basta já! (I)

Só mesmo um "estudioso da violência" é capaz de repetir dez mil vezes os mesmos surrados chavões marxistóides (a esta altura do campeonato!) e ainda conseguir manter um ar de superioridade intelectual. É uma façanha e tanto. (mais...)

Impávido colosso

Um estudante universitário, sujeito aos complexos da classe média, conversava com um (preciso dizer humilde?) pipoqueiro. O estudante reclamava que acordara cedo para o estágio, como se partilhasse um sofrimento em comum com o operário do milho. E resmungou até ouvir uma resposta seca: "Que que tem? Não quer ganhar dinheiro?"

Para os bem pensantes, se você trabalha em qualquer coisa, é automaticamente um ser especialíssimo, um gigante (ao mesmo tempo, um coitadinho). Entenda isso. (mais...)

sexta-feira, maio 12, 2006

Quando a Assespro mergulha no poço da saudade

"Há pessoas que sentam e esperam o passado chegar." (César Miranda em http://protensao.wunderblogs.com)

Toda a indústria nacional gosta de pintar em tons de cor-de-rosa o quadro de seu passado glorioso, apresentar-se como vítima inocente de um presente cruel e contar com novas "políticas públicas" que defendam seus interesses daqui para o futuro.

No mundo da informática brasileira ocorre exatamente o mesmo, mas pelo menos no caso da Assespro (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet) não há por que suspeitar de uma conspiração da entidade de classe para iludir o público e influenciar decisões governamentais com base em premissas erradas e distorções históricas.

Eis o que se lê no documento "A Política Industrial para o Setor de Software: Propostas da Assespro", aprovado pela diretoria da associação em 12 de março de 2004:

Em 1992 iniciou-se o declínio da maior empresa nacional de software à época, a carioca Convergente. A principal razão foi que, com a chegada do Windows, a Caixa Econômica Federal, um dos maiores usuários do Carta Certa, optou por descontinuar o seu uso e substitui-lo pelo Word 2. O orçamento à época remontava a cerca de meio milhão de dólares. A Convergente tentou de todas as formas sensibilizar a Caixa para que apoiasse a sua versão Windows, que ficaria pronta em no máximo 4 meses, em troca de um aporte financeiro de menor monta. A Convergente fez o seu papel e lançou o Carta Certa for Windows, a Caixa não. O resultado: a Caixa não tem mais Word 2.0 e o Brasil não tem mais a Convergente.

A mensagem tem destinatários certos: os guardiães da chave dos cofres públicos, que não necessariamente entendem de informática e, quando entendem, muitas vezes dão uma de Silvinho Pereira e se esquecem do que era usar computador no Brasil naqueles tempos. Mas os membros da Assespro se lembram tanto que têm boas histórias para contar aos "gestores de políticas públicas".

Se aceitam minha sugestão, poderiam relatar que o Carta Certa foi produto da reserva de mercado, o produto da ditadura mais querido da esquerda militante. Seus dias de glória foram aqueles das máquinas de terceira a preço de primeira, pois as importações eram proibidas e o capital estrangeiro era o diabo que não podia manchar as fábricas locais de computadores. Da mesma forma, estavam fechadas as fronteiras para o software internacional: o Carta Certa não tinha muitos concorrentes no mercado legal de processadores de textos. O WordStar era campeão de popularidade da época, mas a bordo da pirataria deslavada. WordPerfect e Microsoft Word, em suas versões pré-Windows, não chegaram a ser amplamente usados.

Ainda assim, era um mercado bem mais dividido que o de hoje. Ninguém arriscava um palpite sobre qual seria o processador de textos dominante dos anos seguintes. Poucos apostavam que o Microsoft Word para Windows fosse tomar conta do mercado. Na verdade, poucos podiam sequer apostar no Windows, que ainda rodava mal e exigia no mínimo um micro 386 -- classe de computadores ainda rara e cara no mercado não-muambeiro. Fazer programas para as carroças made in Brazil, nivelando por baixo, era realismo patriótico.

Assim fez a Convergente. Não tinha um Carta Certa para Windows porque não achava que fosse necessário: a maioria das máquinas só usava DOS, aquela matriz de letrinhas (geralmente verdes) sobre fundo preto. A Caixa tinha muitos computadores incapazes de rodar Windows, mas que suportavam o Carta Certa. A Convergente faturava com as licenças de uso. Pensava que os usuários corporativos se manteriam contentes com aquilo por tempo indeterminado, mantidos os 386 como brinquedinhos pequeno-burgueses, e as licenças de uso continuassem entrando sem grande esforço.

Mas em 1992 muita coisa mudou. A reserva de mercado caiu, reduzindo os preços dos computadores. A abertura aos importados já era realidade. A Microsoft lançou a versão 3.1 do Windows, um aperfeiçoamento substancial no ambiente gráfico (não que pareça grandes coisas aos olhos do usuário de hoje, mas foi). Até a Eco-92 ajudou, consolidando a Internet no Brasil. A Caixa teve a oportunidade inédita de se reequipar informaticamente, comprando máquinas a preços mais justos. Se assim não fosse, continuaria no DOS e no Carta Certa. Quem mandou migrar para o Windows? Mesmo sobre um Windows que funcionava relativamente mal, o MS-Word era um excelente motivo para adotar as janelinhas, mesmo que ninguém ainda tivesse idéia de que aquele processador de textos viria a dominar o mercado.

O outro erro de avaliação da Convergente foi contar com a boa vontade de um único comprador. Notem que, num mercado indefinido, o processador de textos brasileiros tinha vantagens nada desprezíveis: era feito em língua portuguesa, era um nome famoso, tinha muitos usuários (que geravam incontáveis documentos compatíveis com ele), rodava tanto nas máquinas antigas quanto nas mais recentes. Mesmo o Carta Certa para Windows, quando saiu, era notável por ocupar pouco espaço em disco num tempo em que o armazenamento não saía barato. Por que, então, foi sendo gradualmente deixado de lado não só pela Caixa, mas por incontáveis organizações e pessoas físicas?

Em momento algum o documento da Assespro discute o que realmente interessa em toda a questão: se a decisão da Caixa em adotar o Word, pesando prós e contras, foi vantajosa. Como verificá-lo, se é que é possível? Estamos falando de setor público, confortavelmente imune ao cálculo econômico.

Por isso tudo, não há conspiração nenhuma. Haveria se tivessem consciência da engabelação que praticam. Pelo contrário: os arautos da grandeza pontogov iludem uns aos outros com tanto ímpeto que acabam acreditando mesmo no que dizem.

terça-feira, maio 09, 2006

Agora com links para compra

La Rabia y el Orgullo


Con La rabia y el orgullo, Oriana Fallaci rompe un silencio que ha durado diez años. Lo rompe inspirándose en el apocalipsis que la mañana del 11 de septiembre de 2001, no lejos de su casa de Manhattan, desintegró las dos torres de Nueva York y redujo a cenizas a miles de personas.
Enriquecido con un dramático prefacio donde cuenta cómo nació este texto y explica por qué el terrorismo islámico no se concluye con la derrota de los Talibanes en Afganistán, Oriana Fallaci describe la realidad global de la Guerra Santa. Además, tomándonos por sorpresa, habla de sí misma: de su trabajo, de su hermético aislamiento, de sus rigurosas a intransigentes posiciones.
Insertando a menudo recuerdos personales y episodios aclaratorios de su vida, nos habla de los temas relacionados con el 11 de septiembre de 2001: Norteamérica, Europa, Italia, el Islam, nosotros. Con su famoso coraje, lanza durísimas acusaciones y arroja furiosas invectivas. Con su brutal sinceridad, expone penetrantes ideas y pasiones, incómodas verdades y reflexiones que había reprimido durante estos años de obstinado silencio.
Este "pequeño libro", como lo califica Oriana Fallaci en su prefacio, es en realidad un gran libro. Un libro precioso, un libro que sacude las conciencias, más bien las trastorna. Pero es también el relato de un alma: la suya.

La Fuerza de la Razón

"Esta vez no apelo a la rabia, al orgullo, a la pasión. Apelo a la razón. Y junto a Mastro Cecco, que de nuevo sube a la hoguera encendida por la irracionalidad, te digo: es necesario reencontrar la fuerza de la razón." Oriana Fallaci
En este, el último libro escrito por la famosa autora, como ella misma lo dice, apela a la razón y no a la rabia y al orgullo, para hacernos reflexionar sobre el mundo de intransigencia y locura que nos toca vivir. A través del relato de lo sucedido en el 1328, al escritor Mastro Cecco, quemado por la Inquisición por sus ideas, muestra que los extremismos son lo más nocivo para la humanidad. Otra alerta a nuestras conciencias de la mano de la pluma de una escritora valiente y sabia.

Oriana Fallaci se Entrevista a Si Misma - El Apocalipsis

Autoentrevista de una mujer que tiene el coraje de escribir la verdad sobre los demás y sobre sí misma.
Temas: el cáncer moral que devora Occidente y el físico que la devora a ella. El antioccidentalismo, el filoislamismo, el paralelismo entre la Europa de 1938 y la Eurabia de hoy, el nuevo nazifascismo que avanza vestido de nazi-islamismo.
Sus lectores; sus recuerdos, que comienzan con el de Hitler y Mussolini vistos cuando era niña durante una visita a Florencia. Y también su pasión política, su sentido del humor, la Muerte "de la que habla sin desazón y sin miedo".
En esta nueva edición, además de numerosos añadidos (sorprendente y convincente el de Bin Laden en Beirut), ha escrito un extraordinario Pos-Scriptum: El Apocalipsis.
Prácticamente un nuevo libro (más de cien páginas) con las que, remitiéndose al Apocalipsis del evangelista Juan y siempre entrevistándose a sí misma, completa y concluye su obra con su habitual coraje.

sexta-feira, maio 05, 2006

Livros em BsAs: altos e baixos

É verdade: desde os expurgos fotográficos stalinistas e das fajutices computadorizadas do Jurassic Park em diante não se pode mais acreditar em nenhuma imagem. Mas garanto que a foto que segue anexa é 100% irretocada (e irretocável). Agradeço a Janer Cristaldo pela dica.


Em compensação, a cidade que tem uma livraria em cada quarteirão (ou quase) parece estar enlouquecida com certa produção do Impávido Colosso. Saiu hoje no Clarín (mas há três semanas o livro já entupia as vitrines das livrarias).

segunda-feira, maio 01, 2006

E lá se foram dez anos

Minha primeira viagem interestadual para IRContro. Exatamente em 1º de Maio. Peguei uma carona ainda de madrugada. São Paulo, capital, a tempo de almoçar e encontrar com a (suposta) namorada do Emmo. Esticada a São Carlos, onde a namorada do Bernardo o esperava. No dia seguinte, um pseudo-evento em Piracicaba e IRContro propriamente dito na capital. Esse é o resumo do resumo, mas foi o que foi.

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Já disse que era baratíssimo telefonar para o Brasil? Posted by Picasa

Para variar um pouco, Rio de Janeiro

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