terça-feira, setembro 04, 2007

Conexão Global

A coluna de Nelson Vasconcelos no Globo de 27 de agosto chorou as pitangas em nome do Software Livre (ou, mais modestamente, do software livre; falta um consenso editorial/sentimental sobre as maiúsculas) pelo tal plano da Receita Federal de investir R$ 40,9 milhões em licenças do Microsoft Office 2007.

A coluna de hoje celebra o torpedeamento do "leilão para a gastança com o dinheiro público". Título da nota: "Valeu o bom senso". Parabéns! Tiro meu chapéu, agora que é de conhecimento geral que os R$ 40,9 milhões serão diligentemente devolvidos ao pagador de tributos... Epa, não é bem essa a história.

"'Esses R$ 40,9 milhões podem ser utilizados em outras atividades (...), como em projetos tecnológicos voltados para a democratização da informática', disse o coordenador adjunto da Associação Softwarelivre.Org, Gustavo Pacheco."

É claro, a idéia-mãe das colunas de Nelson Vasconcelos era convencer a Receita a considerar a suíte alternativa (e grátis) BrOffice. Pois eu tenho uma idéia melhor para a Receita apoiar a democratização da informática e desonerar o "contribuinte": em vez de comprar as 44 mil licenças do MS-Office, eliminar já os 44 mil postos de trabalho correspondentes.

Por que não?

Todos os servidores da Receita são pessoas bem formadas, aprovadas em provas muito difíceis. Ingressaram no serviço público porque provaram ficha limpa e capacidade física. São altamente capazes de desempenhar suas funções. Detêm cargos cobiçados e invejados. Certo? Sendo tudo isso verdade, pessoas assim terão muito menos dificuldade para achar empregos no "mundo real" do que o brasileiro médio. E com a redução do bafo quente da Receita nas costas, a vida ficará mais fácil para todo mundo. Pense.

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