quarta-feira, junho 11, 2003

Amor Estranho Amor: dexovê se entendi

No remoto passado, anos 80, um amigo tinha a fita de vídeo original, com selo da Embrafilme e tudo. É para isso que "servia" a Embrafilme. Juntou uma galera para assistir. Chato, muito chato.

Walter Forster entra numa mansão desocupada e seu pensamento volta a seu tempo de menininho, anos 30. O menino sai do interior para reencontrar a mãe (Vera Fischer), amante do governador (Tarcísio Meira) e dona de famosa casa de tolerância. As garotas da casa dão em cima do acanhado e inocente menino. Xuxa é preparada para ser dada de "presente" a uma cabeça coroada (Mauro Mendonça), até que a polícia de Getúlio entra quebrando e arrebentando. Em algum ponto do filme o menino tem um lance com sua própria mãe, mas Vera Fischer não quis apagar essa mancha do currículo -- até porque ninguém ligou a mínima.

Enfim, o típico filme nacional: alguns nomes estelares, um subtexto político pretensioso e um clima de sacanagem de ponta a ponta. O enredo é chinfrinzinho, mas ainda assim é incompreensível para a molecada cheia de espinhas (o único tipo de público que acha que um filme se torna grandes coisas só porque Xuxa mostra os peitinhos). Sobram as cenas de sexo implícito, que são de terceira categoria até em termos de pornochanchada. As imagens sombrias (cópia VHS ruim? imitação de cinema europeu? economia de energia no set?) contribuem para imprimir ao filme um clima pesado, em que o garoto parece triste até vendo Matilde Mastrangi (em seus melhores dias) nua à sua frente. E pensar que tem gente em leilões online que vende cópias de Amor Estranho Amor em CD-ROM. O time de advogados de Xuxa não poderia ter feito melhor marketing da pirataria.

Um comentário:

tomatapa disse...

onde consigo baixar este filme??

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