quinta-feira, dezembro 06, 2007

Amarelo aparece mais

"O Planeta Diário", o livro, está aparecendo bem nas livrarias. Todas as livrarias. Pelo menos no Rio, onde a marca é mais lembrada -- digo isso dos "coroas", pois o jornal fechou há quinze anos e "ninguém" que apareça hoje como público-alvo no radar dos marqueteiros era alfabetizado em 1992. A capa amarela ajudou muito. Pense nas canetas marca-texto, pense nas placas rodoviárias de advertência. O jornal original dos anos 80, quando preto-e-branco, não tinha esse destaque natural. Só não desaparecia no meio dos jornalões porque era o único tablóide que costumava aparecer nas bancas cariocas. Capa em cores, só de 1990 em diante, recurso que só não foi um "upgrade" porque foi explorado mormente para anexar cabeças de políticos em corpos constrangedores (batendo de frente com a "Casseta Popular" e rebaixando-se até ao "Anormal", um esquecível concorrente anarco-tosco que xingava o "Planeta" de "vendido").
Por justiça histórica, um dia será revelado o iceberg administrativo que arrombou o casco do "Planeta". Do jeito que as coisas iam até a virada de mesa de 1992, quando a casa foi arrumada para ser fechada, o jornal não daria certo nem se vendesse um milhão de exemplares por mês. Quem supostamente responderia pelo rombo não é Googlezável; quem tiver espírito de Clifford Stoll e quiser meter o nariz em papéis empoeirados encontrará algum esclarecimento nos expedientes dos "Planetas" da época.
E com isso encerro o assunto. Pelo menos enquanto não sair a suposta nova edição de "A Vingança do Bastardo" e -- quem sabe? -- não tivermos mais um volume de lembranças do "Planeta".

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