domingo, setembro 24, 2006

De Diogo Mainardi, aqui:

A nossa literatura foi sempre muito escolástica, e isso dai era uma medalha para quem queria fazer algum tipo de carreira em outra área. Essa literatura de Fardão é muito característico nosso, o discurso empolado, do engano. Não é uma literatura franca, aberta. É algo que serve de trampolim para conseguir alguma outra coisa. Gente parasitária que quer conseguir algo em troca. Sempre foi uma moeda de troca. Não é uma literatura pura. É para conseguir posições de poder, ou para se associar a alguém que tenha posição de poder, o que é pior ainda.


Obviamente, trata-se do Brasil. A literatura não é um caso isolado. Troquem "literatura" por "indústria de software". Muda muita coisa?

Voltarei ao assunto.

segunda-feira, setembro 04, 2006

TV de Alta Indefinição (II)

A continuação.

Saudades?

Sabado fomos ver "Casseta & Planeta - Seus Problemas Acabaram" num
cinema do Centro. De olhos fechados nota-se por que os cinemas do Centro
cairam em irreversivel decadencia: em certos trechos mal se entendia o
que os personagens falavam. Sao corretas as criticas que dizem que o
filme e' uma versao extended-play do programa de TV, o que em si nao e'
mau quando os "cassetas" fazem o que melhor sabem fazer diante das
cameras. O problema e' que uma coisa e' fazer cinema, outra e' fazer TV
filmada. Solucoes de direcao e interpretacao que seriam banais em
Hollywood (nao me refiro a efeitos zilionarios) sao rejeitadas no cinema
nacional por pura vergonha de imitar modelos de sucesso. Por isso esses
filmes que "nao fluem". E o da Casseta ate' tem uma historinha legal.

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