sexta-feira, janeiro 31, 2003

Weblogger ferido de morte

Depois de alguns dias com aquela pavorosa tela de "manuten��o emergencial" na home do Weblogger, finalmente v�m as not�cias de que os arquivos est�o sendo lenta e gradualmente republicados. O processo deve se estender at� segunda-feira. Sete dias de inatividade: ser� um milagre se o servi�o de blogs do portal Terra conseguir recuperar seu prest�gio.

Passado o show de extrema incompet�ncia na investida do Terra na arena dos blogs, talvez as cabe�as coroadas comecem a pensar em alternativas seguras para rechear seu portal com itens que atraiam os leitores. Por exemplo, pagar mais para ter conte�do e depender menos que blogueiros encham ling�i�a sem remunera��o.

Everyonesconnected.com agora vai?

Mensagem recebida hoje:

Passados seis meses de intensos testes, Everyonesconnected.com � lan�ado oficialmente. N�s ouvimos muitas id�ias e opini�es, e com isso, fomos nos aperfei�oando e tornando o site mais pr�tico. Acreditamos que por este motivo Everyonesconnected.com seja eficiente para todos os usu�rios.

O site � interessante para quem est� procurando algu�m especial para se relacionar, e tamb�m para fazer novos amigos.

Entre em : http://www.everyonesconnected.com e clique em 'Take a Tour' para saber mais sobre as novidades que foram acrescentadas ao site como a 'Secret Match'!

At� o momento Everyone's Connected tem usu�rios cadastrados em 47 pa�ses, mas, como na vida real, quanto mais amigos voc� tem, mais amigos voc� possivelmente vir� a fazer.

Mande o link a seguir para quem voc� desejar se conectar!

http://www.EveryonesConnected.com/Membership/Guest.aspx?ID=239FFF5D

Se divirta!
Toda Equipe do Everyone's Connected!
Sem Estranhos. Somente Amigos. Everyonesconnected.com

quinta-feira, janeiro 30, 2003

A not�cia do dia (em ingl�s)

Como quer�amos demonstrar

Banda larga por r�dio cresce no Brasil 14:30 A procura por conexoes banda larga que utilizam o sistema Fixed Wireless, ou r�dio frequ�ncia bidirecional, cresceu significativamente entre 2001 e o ano passado. O segmento respondia por 2% de participa�ao de mercado h� 2 anos e passou para 5% em 2002. Os dados ainda sao do relatorio da IDC, International Data Corporation, sobre o mercado de broadband no Brasil, leia da manha 'Banda larga, 700 mil assinam no pa�s' aqui. A lider desse segmento � a DirectNet, que declara cerca de 3% do total do mercado, ou 22 mil assinantes. Uma das caracteristicas do servi�o Fixed Wireless � a nao obrigatoriedade de contrata�ao de um provedor de conteudo.

Qual � a deles?

O Grupo Catho anda mal falado, mas os motivos n�o surgiram ontem. Abriga um tal de Portal123 (vejam o an�ncio abaixo, distribu�do aos assinantes do Catho) que � uma j�ia para inflacionar o n�mero de "vagas" dispon�veis. Um n�mero t�o ilimitado quanto o de qualquer outra corrente da felicidade, mas desta vez temos a pir�mide do "prest�gio" jornal�stico.

A pol�tica de portais est� nas �ltimas e ainda vem esse empreendedor de poucas letras e muita arrog�ncia querer fazer um "modelo de neg�cios" capaz de fazer algum sentido depois do estouro da bolha pontocom e da mania dos blogs.

Pode ser que venha a dar lucro... no dia em que o sindicato dos portais tome consci�ncia de estar descendo a ladeira e compre o sil�ncio do Portal123, cuja exist�ncia enlameia o conceito de "portal".


Portal123.com
Com superior completo em Jornalismo para executarem artigos semanais sobre determinado assunto que ser� divulgado no Portal123 em seus sub-portais e numa p�gina espec�fica como em um jornal. Estes receber�o 40% dos rendimentos das colunas que ser�o sobre cultura geral local e outras a serem definidas, elas ser�o transformadas em livros.
Faixa Salarial: A Combinar
Local de Trabalho: SAO PAULO, SP; MACEIO, AL; MACAPA, AP; MANAUS, AM; SALVADOR, BA; FORTALEZA, CE; BR ASILIA, DF; VITORIA, ES; GOIANIA, GO; SAO LUIS, MA; CUIABA, MT; CAMPO GRANDE, MS; BELO HORIZONTE, MG; JOAO PESSOA, PB; CURITIBA, PR; OLINDA, PE; RECIFE, PE; TERESINA, PI; RIO DE JANEIRO, RJ; NATAL, RN; PORTO ALEGRE, RS; PORTO VELHO, RO; BOA VISTA, RR; FLORIANOPOLIS, SC; ARACAJU, SE

Breve, mais mem�ria do BBS e do pr�-BBS. Fique ligado na lista de discuss�o, onde os artigos saem primeiro. Para se inscrever, envie mensagem em branco para pcbarreto-subscribe@yahoogrupos.com.br.

EDI��O EXTRA: UOL ESCLARECE (mas a que custo!)

Hoje de manh� fui investigar o motivo da inacessibilidade do UOL. O atendimento telef�nico declara que o problema n�o tem a ver com o fim da franquia do provedor de Niter�i. Sendo assim, o problema � de politicagem em favor do Discador. O usu�rio � prejudicado do mesmo jeito.

Diz o operador (sim, um operador homem): desde o in�cio do ano todas as contas de n�o-usu�rios do Discador foram bloqueadas para acesso dial-up simples, o que j� estava previsto. O site do UOL tamb�m esclarece que usu�rios de Mac e Linux, que n�o podem rodar o Discador, poderiam continuar usando o dial-up tradicional. Mas lugar nenhum do site (que, neste caso, s� poderia ser acessado atrav�s de outro provedor) diz que os usu�rios n�o-Windows seriam barrados na porta do UOL se n�o mofassem meia hora numa liga��o (interurbana, se necess�rio) para a central de atendimento com a �nica finalidade de... continuar fazendo o que sempre fizeram.

� muita palermice mesmo, ou � coisa de malandros que se fazem de ot�rios. Mais um motivo para dizer n�o ao Discador, para desconfiar da mera exist�ncia do Discador. Se o UOL me rejeita por falta desse programeto, eu rejeito primeiro o UOL.

Mais acesso problem�tico

Desculpem a insist�ncia. Quem achou que eu estava pegando no p� do UOL nas mensagens anteriores, estrategicamente poupando o iG, cai num engano mais redondo que o logo azulzinho do provedor gr�tis.

Continuo em Niter�i, e na falta de um UOL acess�vel localmente, s� resta o iG. Conecto ao 1500-2000, login ig, senha ig (n�o posso responder por todos; isto pode n�o funcionar na sua �rea). N�o bastassem a exig�ncia de login dentro do browser e o redirecionamento autom�tico � home do iG, a conex�o dura no m�ximo dez minutos -- depois da empacada geral, s� desconectando e tentando outra vez. Mas at� o usu�rio perceber isso, j� � tarde. Tanto faz acessar os sites do iG, o portal das monjas l�sbicas assassinas ou a p�gina "Por favor, aguarde" que n�o desaparece nunca: a comiss�o do provedor sobre os pulsos telef�nicos entra do mesmo jeito.

O redirecionamento n�o-solicitado parece ser o ovo de Colombo para turbinar a audi�ncia da home do iG. �, sim, mas a um pre�o. O procedimento, antip�tico por natureza, faz a quantidade de acessos prevalecer sobre a qualidade. Zilh�es de usu�rios v�em o portal entrar sem ser solicitado, mas nem assim o conte�do pr�prio do iG consegue se reerguer. N�o que o conte�do seja ruim: h� uma d�zia de bons sites no iG, mas se dependerem de cliques gerados pela audi�ncia obrigat�ria do portal, est�o perdidos. Por�m, se os sites individuais geram audi�ncia por si mesmos, para que precisariam de portal?

Esse impasse sobre a (com a licen�a do palavr�o) sinergia entre site e portal � comum a todos os portais-provedores. Ainda h� pouco a Abril dispensou o guarda-chuva do UOL. O exemplo ser� seguido, dentro do UOL e fora dele. A recess�o pode acabar, mas dificilmente os portais recuperar�o o prest�gio do passado.

quarta-feira, janeiro 29, 2003

Enfim!

Deu no Blue Bus...

TV Pirata (lembra?) sair� em DVD
Por iniciativa de um dos autores, Claudio Paiva, a serie TV Pirata, de especial sucesso na TV Globo e marcante de uma 'quebra' no humorismo tradicional no 'meio', deve sair nos proximos meses com varios dos programas reunidos em um DVD.

Hackers?

Desde ontem � noite os sites do Weblogger est�o inacess�veis. Pelo menos agora o Weblogger deu uma satisfa��o, expressa na mensagem abaixo. Mas, para quem sabe das coisas, ainda est� faltando uma explica��o.

O site Weblogger BRASIL est� passando por uma manuten��o corretiva emergencial. Pedimos desculpas pelo transtorno causado e informamos que o servi�o voltar� ao ar dentro de algumas horas.

O artigo do dia

Michel Lent Schwartzman, sobre a avalanche de mensagens, no Webinsider.

Tempo bom n�o volta mais

Bons tempos de BBS. Molecada nem sabe o que foi BBS. Nenhuma grande perda em desconhecer o que era instalar e configurar um modem lent�ssimo (que, no entanto, era a �nica op��o para se conectar de casa). Em 1996, todo mundo que era "algu�m" na cidade grande j� tinha meios de acessar a Internet. Tinha que pagar caro ou fazer alguma mutreta, mas, para quem j� tinha computador em casa, era mais querer do que poder. E um colega de aventuras BBSianas (quando comprei meu primeiro modem, 1992, ele j� acessava) dizia: "Bons tempos..." Depois os BBSs foram para segundo plano e foi a vez do saudosismo dos dinossauros brasileiros da EFNet, a maior das redes de IRC. Surgiram at� sites em "homenagem" aos tempos em que o Brasil conectado era pequeno e a EFNet era grande. Em poucas palavras: baita nostalgia de quando pouca gente acessava -- e acessava mal.

� claro, as mutretas

Nos primeiros anos de Internet comercial, e at� antes, os espertos descobriam meia d�zia de subterf�gios para acessar a Rede sem pagar. Havia quem fizesse est�gio em provedor s� pelo gostinho de ter um computador liberado para acesso -- e sem ocupar linha telef�nica, patrim�nio t�o raro e caro que tinha que ser declarado � Receita Federal. Para quem acessava de casa, ter bons contatos com gente de um provedor emergente poderia render uma conta "de teste". T�cnicos de suporte costumavam conhecer as senhas de seus clientes melhor que os pr�prios clientes: se algum par login/senha vazasse nas conversas alco�licas dos IRContros, l� iam vinte usu�rios jurar de p�s juntos que estava tudo entre amigos, n�o contariam nada para ningu�m e... voltariam para suas casas para detonar os cr�ditos de acesso do pobre cliente. Mudar senha? Onde � que muda a senha mesmo? :-)

O meio "Elite" de acessar por linha discada sem gastar pulsos era a Renpac, Rede Nacional de Pacotes, servi�o da Embratel para poucos e bons. N�o deveria ser usado para passear em salas de bate-papo. Todo em linha de comando, n�o era para amadores. V� falar em "apartheid digital".

A pilantragem suprema era o uso de BlueBeep e similares: programas geradores de freq��ncias que enganavam a companhia telef�nica e permitiam fazer liga��es internacionais 100% gr�tis. N�o se passava um dia sem que os usu�rios de BlueBeep revelassem a desconfian�a de que poderosas for�as pol�ticas e econ�micas monitoravam cada um de seus passos fraudulentos. Por incr�vel que pare�a, o progresso da pr�pria Internet (ICQ, banda larga, telefones baratos, provedores barat�ssimos) reduziu a n�veis absurdamente baixos a necessidade dos truques telef�nicos.

Pager

Mania em tempos pr�-celular. Quer dizer: celular existia, mas s� para dondocas e m�dicos (nesta ordem). Servicinho ruim, tarifas piores. E depois ainda come�aram a bombardear os pagers com mensagens publicit�rias, sem autoriza��o dos usu�rios e sem reduzir as tarifas. Vai entrar nos livros como exemplo de marketing. Exemplo negativo.

Nas horas mais infelizes da madrugada, �ramos atendidos por operadores masculinos. Desesperador: homem n�o leva o menor jeito para central de atendimento. O cliente tem mais paci�ncia com a voz feminina. N�o que as garotas consigam anotar melhor os recados: recebi d�zias de erros crassos, quando recebia, pois as falhas eram freq�entes. Pager teria uma sobrevida mais longa, com celular e tudo, se fornecesse melhor servi�o. Essa preocupa��o, por�m, foi rebaixada ao pen�ltimo plano. Mas, hoje, quem se importa?

Um programinha permitia enviar mensagens para pagers via modem. N�o era pela Internet: o software (tosco at� para os padr�es m�nimos da tela de texto puro) usava o modem para discar, conectar-se ao computador da empresa de pager desejada, e enviar o recadinho. Funcionava t�o melhor que as operadoras humanas (para n�o falar dos, argh!, operadores humanos) que as empresas fingiam que o programinha n�o existia.

E chove e chove e chove.

UOL deixa na m�o

A hist�ria est� se esclarecendo. Consta que o UOL montou seus pr�prios meios de provimento discado e deixou de renovar os contratos com seus franqueados. Os provedores "nanicos" que se abrigavam sob o guarda-chuva do UOL foram deixados de cal�as arriadas. Os usu�rios at� hoje n�o foram avisados. N�o � preciso estar na ro�a para sofrer as conseq��ncias: em Niter�i meu login continua n�o sendo aceito.

N�o me venham dizer que preciso do Discador. N�o preciso nem de um programa que poder� ser usado contra mim, nem preciso me prender ao UOL. Pois, quando precisei dele para me conectar por linha discada, me deixou na m�o. Num �ltimo caso, como o UOL pensa que eu baixaria o Discador? Pelo iG?

Ah, sim: ningu�m deve "aprioristicamente" ficar com peninha de pequenos provedores. Minha experi�ncia com eles foi um fracasso qu�druplo, um depois do outro. Sinto falta de mil coisas na vida. Mas de servi�o ruim n�o tenho a menor saudade.

terça-feira, janeiro 28, 2003

Doutrina��o infantil �...
(ou: A Lenda do Le�o Dourado no Mundo Encantado que Everardo Maciel Criou)



Nem vou apontar diretamente para o subs�tio infantil, pois h� um Flash pesad�ssimo. Os g�nios por tr�s do s�tio da Receita pensam que todo mundo tem banda larga. E, de t�o g�nios, devem pensar at� que o s�tio ganha pr�mios de Web porque os usu�rios o acessam por l�vre e espont�nea vontade.

E, para todos os fins, eis o endere�o: barreto@pobox.com.

Monday, January 27, 2003
Today is the day! We completed the final touches on Ad-aware 6.0 and have begun the process of notifying our customers. Please keep an eye on your mail, as it should arrive within the next few days. With this we are launching the new web site! Vastly improved over our previous one, we hope that you will find it easier to use and will enjoy the interactive elements we have added to make your stay more enjoyable. (...)


Experimentem o Ad-aware. J� o usei, quando era menos poderoso, e recomendo. Ao menos eu j� posso voltar a us�-lo.

O site do dia

segunda-feira, janeiro 27, 2003

F�cil, muito f�cil

O Kazaa ainda est� longe de deixar de ser prec�rio, mas j� proporciona bem mais do que o Napster dos �ureos tempos (comparando s� a troca de m�sica, pois o Napster nem oferecia outros tipos de arquivos). Montar um CD ainda � uma tarefa trabalhosa, toma tempo e o resultado nem sempre sai grandes coisas. Mas o usu�rio-audi�filo esperto pode ir muito al�m da mera duplicata do produto das gravadoras. Com a avalanche de drives gravadores baratinhos, acabou a desculpa. Uma faixa do disco n�o agrada? O remix � melhor que o original? Fulano interpreta certa m�sica melhor que Sicrano? A ordem das faixas ficaria melhor de outro jeito? O usu�rio decide. Com os programinhas adequados (tamb�m rigorosamente gr�tis, de direito ou de fato), � s� "investir" num CD-R baratinho e mandar ver. Territ�rio inexplorado pelas organiza��es piratescas que abastecem os vendedores ambulantes. E um resgate necess�rio aos tempos dos compactos, pois ningu�m me convence de que qualquer modelo-atriz-e-cantora tenha material de qualidade para encher com 14 faixas um CD de estr�ia...

A c�pia est� f�cil demais. Falta agir como qualquer pessoa decente em tempos de reengenharia e requalifica��o profissional: arranjar outra coisa para fazer.

Como todo mundo notou, o template deste blog mudou. O que acharam?

J� que os obesos americanos querem garfar o McDonald's...

Di�rio de um Magro

O sonho do menino era ser Rei Momo. Mas n�o engordava de jeito nenhum. �bvio: desde criancinha s� comia coisinhas diet�ticas no Sabor Sa�de. Nunca soube o que era a��car, pois ado�ante funciona melhor e custa muito menos. No supermercado e no endocrinologista.

J� adolescente, o menino viu que sua anima��o carnavalesca n�o daria frutos. Por algum motivo besta, era barrado na porta em todos os concursos de Rei Momo. Certamente uma poderosa conspira��o capitalista se erguia entre o jovem e seu sonho.

Entre uma alface e um broto de feij�o, ele toma uma decis�o: processar o restaurante de comida natural e os fabricantes de ado�ante por fazerem dele um fiapo de gente.

O processo se arrastou por tantos anos que a papelada j� pesava mais do que o pr�prio autor. A profunda depress�o deixou o menino ainda mais magro, se � que era poss�vel.

Certo dia, sem saber de nada, C�sar Maia decreta a revoga��o da exig�ncia de peso m�nimo para os candidatos a Rei Momo. Tarde demais. No dia anterior o menino se jogara na frente de um caminh�o de Zero-Cal. Ningu�m notou a "coincid�ncia".

Recadinho do Dante:

Muito Prazer em novo endere�o ainda no centro

A Muito Prazer havia fechado as portas no fim do ano, na avenida S�o Jo�o, onde esteve por 26 anos vendendo gibis e mais gibis.

Mudou-se h� pouco para o n�mero 107 da Bento Freitas.

O endere�o, mais tranq�ilo, assusta menos. � mais f�cil chegar de carro e h� op��es para estacionar.

E tem entrado mulheres na loja. E 70% do acervo j� est� exposto na loja, ainda meio empilhado.

E bons pre�os, achei �lbuns do Tardi, da hero�na Ad�le Blanc-S�c. Levei o primeiro �lbum dela, em portugu�s, na edi��o da Bertrand e o segundo, pela espanhola Norma. Dez pau cada.

O sinistro gato continua por l�. Tudo est� em seu lugar.


Coment�rio necess�rio: Em S�o Paulo a Muito Prazer � atra��o tur�stica para quem entende de quadrinhos de verdade. N�o � o meu caso, suponho. :-) OK, confesso: l� comprei o Manuel des Castors Juniors. Fissura n�o se discute.

sexta-feira, janeiro 24, 2003

Chinfrim

Nenhum termo � mais adequado para definir os desservi�os de certos provedores. A filial de Niter�i do UOL n�o aceita minha senha. Porque � Niter�i. Retrocedemos a 1996, quando Niter�i n�o tinha provedores e tinha-se por certo que jamais os teria, porque "os poderosos" n�o deixavam. Conectar-se ao UOL do Rio, capital, funciona, mas a liga��o custa quase dez vezes mais, tanto quanto um interurbano.

Compet�ncia n�o se aprende no col�gio.

Imposs�vel pensar em receber suporte. Primeiro, � cobrado � parte. Quem � do ramo e tem um m�nimo de tutano faz algo melhor na vida do que trabalhar em janeiro. Os analistas de suporte, a 500 quil�metros do problema, n�o t�m a menor id�ia de como resolv�-lo. E a culpa ser� sempre atribu�da ao usu�rio. O iG tamb�m cobra pelo suporte, mas ao menos n�o cobra mensalidade nem limita as horas de conex�o.

A guerra entre os "gr�tis" e os "pagos", com iG e UOL na linha de frente, ainda est� longe de ser um Debate com D mai�sculo. As partes, com o barulho que sabem fazer como ningu�m, se limitam a implorar que o governo pro�ba ou permita um ou outro modelo de neg�cios. O apatetado consumidor imagina que, enfim!, o provimento de acesso passou a ser discutido a s�rio e em seu favor. Se a soberania do consumidor fosse levada em conta, a qualidade de servi�o teria que entrar em discuss�o em primeiro lugar. Em momento algum UOL ou iG questionam se o acesso *vale* o que custa: qualquer coisa entre 1,50 d�lar por hora, como era em tempos passados, ou zero real por mil horas. Por um servicinho chinfrim, at� o gr�tis � caro.

Por que ningu�m d� um pio? Toda a imprensa "respeit�vel" est� vinculada a algum portal. N�o pode criticar os parceiros para n�o se indispor; n�o pode criticar os rivais dos parceiros para n�o parecer suspeito. H� exce��es que merecem respeito, mas s�o vozes no deserto. Pior � a situa��o de quem assiste o problema de fora: se abrir o bico, parecer� ainda mais suspeito de inveja de quem embarcou no carrossel da alegria. Por essas e outras, a pol�tica de portais est� caindo de podre. Mas, assim como a ind�stria fonogr�fica, insistem em ganhar dinheiro novo � custa da sobrevida de modelos antigos. Que, no caso dos portais, jamais deram dinheiro mesmo.

quarta-feira, janeiro 22, 2003

Mais um artigo de primeira do Webinsider:

AOL degringolou

A dura rotina das entradas pelo cano. Talvez o AOL brasileiro venha a fazer alguma falta, e � duro admitir isto para quem se empenhou no sucesso do empreendimento, mas a �nica sa�da digna para um neg�cio condenado � a liquida��o. Qualquer outra n�o ser� melhor que a "sabedoria" de um viciado em jogo.

Globo.com agora � provedor banda larga para poder assim exibir v�deos sob demanda com os programas produzidos pela TV Globo e Globosat

Grande tacada! Quando � que o arquivo completo dos programas estar� no ar, livrando-nos das fitinhas gastas e da precariedade da pirataria? O Planeta dos Homens, algu�m? TV Pirata, algu�m?

Deu em outro blog...

Classes mais baixas patrocinam Internet "gr�tis" dos mais ricos

�Como h� mais ricos que pobres com acesso � Internet e mais pobres que ricos com telefones, as classes mais baixas acabam pagando o subs�dio �s mais altas�

Alakazan. UOL move uma campanha contra o IG. No desespero, bota aspas na express�o termo internet �gratuita� e n�o explica como as operadoras de telefonia desviam o dinheiro da receita dos assinantes de telefone para a conta dos servidores �di gr�tis�. Abracadabra.

At� onde sei, uma empresa � livre para financiar o que quiser com a receita, respeitando leis e decis�es de acionistas etc.

E o termo classe o UOL usou para bajular os petelhos no poder? Lamber o que eu tenho de mais irland�s essa gente n�o quer.


Coment�rio necess�rio: provedor de acesso conhece melhor do que ningu�m a necessidade de se dar bem com os donos do poder. Por que hoje seria diferente?

Profissionais de alta quilometragem, aprenderam a li��o ainda nos anos da reserva de mercado, driblando as "otoridades" que decidiam quem podia (ou n�o) chegar perto de um computador. Depois sofreram com as operadoras estatais de telecomunica��es. Em tempo de linhas telef�nicas racionadas, montar um provedor n�o era para quem queria, mas para quem podia conseguir a instala��o das linhas. Quem decidia quais passariam por essa porta da esperan�a? T�o antiga quanto a Internet comercial brasileira � a chuva de teorias conspirat�rias sobre favorecimentos a provedores "amigos" enquanto candidatos a concorrentes mofavam nas filas das companhias telef�nicas. E, nos numerosos casos de falhas no servi�o, era melhor que o provedor ficasse de bico calado para n�o perder as gra�as de quem "podia".

Os provedores sabem o que fazem quando apelam a quem t�m apelado. O "pontogov" � o �nico setor da Internet brasileira que ainda cresce "em ritmo de Brasil grande". Na coluna pr�-Ano-Novo de Nelson Vasconcelos no Globo, uma produtora de Web choraminga pelo supremo sopro de vida: cr�ditos estatais subsidiados. E da parte da Telef�nica surge a �nica cr�tica razo�vel aos efeitos do modelo "tudo gr�tis" da Internet brasileira: ningu�m mais est� dando a menor pelota para produzir conte�do de qualidade.

Junte as pe�as do quebra-cabe�as. O mundo .br vai virar um Di�rio Oficial interconectado.

segunda-feira, janeiro 20, 2003

Lembran�as do Cinto

Um dos trabalhos mais divertidos que j� desempenhei: a coluna Cinto de Utilidades da revista Internet.br. A se��o de dicas de shareware e freeware j� existia quando entrei na equipe de colaboradores, mas eu a mantive por mais de dois anos sob meu pr�prio nome e alguns pseud�nimos esquisitos. Eis que achei no meio dos meus arquivinhos um texto-padr�o que tinha que anexar � maioria das minhas respostas �s d�vidas dos leitores:

Os programas citados no Cinto de Utilidades foram testados com a documenta��o dispon��vel e suas URLs foram validadas na �poca em que a mat�ria foi escrita. Da� em diante, a responsabilidade por manter os sites e os programas corre unicamente por conta das softhouses e/ou dos dep�sitos de arquivos. O Cinto n�o tem a finalidade de explicar (ou traduzir, caso a caso ou genericamente) a instala��o ou o uso dos programas -- para isto h� a se��o Tutorial, sempre com um programa em destaque. Quaisquer d�vidas com respeito � instala��o ou ao uso devem ser esclarecidas diretamente com os autores dos programas, no que n�o podemos servir como intermedi�rios. Boa sorte!

Classificados

V� procurar um emprego. Parece que s� h� dois tipos de an�ncios: para acompanhantes de executivos e para participantes de pir�mides (envelopamento de circulares, marketing multin�vel e outras "multinacionais americanas" que n�o ousam dizer seu nome).

Em alguns anos, a �nica atividade profissional sobrevivente ser� o acompanhamento �ntimo de magnatas que se deram bem nas correntes da felicidade.

�gua no chope dos megaportais

Veja sobre a sa�da de Steve Case aqui.

Pelo menos por enquanto, livre para n�o-assinantes: com o fim do contrato de exclusividade UOL-Abril, as revistas n�o est�o mais sob o guarda-chuva do megaportal.

Mais um duro golpe contra a pol�tica de portais que amarra a Internet nacional em tempos de crise. � claro, como todo �rg�o de imprensa que se considere "alguma coisa" est� vinculado a um portal, ningu�m d� um pio contra os portais pretensiosos e anacr�nicos. A velha hist�ria do telhado de vidro.

quinta-feira, janeiro 16, 2003

O fim de uma era

Steve Case fora da AOL Time Warner. Lembra de quando se dizia que as empresas de Internet dominariam o zilion�rio mercado de m�dia?

quarta-feira, janeiro 15, 2003

De volta ao Rio... temporariamente

N�o por muito tempo, como de costume. Amanh� � noite volta tudo ao "normal".

segunda-feira, janeiro 13, 2003



Seu futuro gabinete! (obrigado pela dica, Roberto Oliveira!)

Gratuidade: encerrando o assunto

Semana passada o iG completou tr�s anos. Nas contas aceleradas da Internet, tal como ocorre com os c�es, � como se tivesse chegado aos 21. Uma baita responsabilidade sobre seus ombros; ao mesmo tempo, uma adolesc�ncia que teima em n�o acabar t�o cedo.

A celebra��o quase fica em segundo plano atr�s das queixas dos provedores concorrentes, reunidos na Abranet, que n�o est�o nada satisfeitos com o tratamento das companhias telef�nicas aos servi�os de Internet gr�tis.

A gratuidade relativizou todos os valores. Na aurora da Internet comercial brasileira pagava-se algo perto de 1,50 d�lar por hora de conex�o. N�o incluindo os custos do telefone, n�o considerando o racionamento das linhas, nem as conex�es terrivelmente lentas, tampouco a escassez de conte�do brasileiro. � verdade que a contribui��o desses provedores pioneiros foi essencial para a constru��o do imp�vido colosso de hoje, mas n�o se pode negar: pagava-se uma nota por um servi�o chinfrim.

Manter um n�vel de servi�o � altura desses pre�os n�o era mera quest�o de querer. Al�m da compet�ncia profissional indispens�vel, era preciso ter uma certa proximidade com o poder, de modo a animar operadoras estatais que n�o tinham nenhum interesse natural em ver gente comum conectada. Nem Silvio Santos escapou de entrar pelo cano nas m�os da Embratel. Curiosamente, o chabu inicial do provedor SOL pegou de surpresa toda a imprensa especializada -- com a her�ica exce��o do Inform�tica Etc. Quem te viu, quem te v�.

Em 1999, para a felicidade geral dos usu�rios, os provedores tarifados sa�ram de moda. Agora que n�o era mais necess�rio racionar o acesso, entraram em cena os planos de mensalidade fixa, facilitando as contas dos usu�rios e deixando mais claro quem � que cobrava tarifas exageradas nesse mercado. Quem chora pela "perda" dos pequenos provedores que fecharam as portas (se ruins) ou foram absorvidos pelos grandes (se mais-ou-menos)? O mundo do provimento de acesso foi reestruturado em torno de melhores padr�es de pre�o e de qualidade, e o consumidor � que saiu ganhando.

No ano seguinte, o acesso gr�tis chegou arrasando, mesmo que meio tarde. Como o estouro da bolha pontocom veio logo, o iG deixou de realizar seus verdadeiros planos: abrir o capital na Nasdaq e prosperar como empresa de comunica��o "multim�dia". Para a garotada de hoje, "IPO" virou algo do tempo das carro�as, e a gera��o de conte�do de qualidade foi rebaixada � pen�ltima preocupa��o de qualquer portal -- hoje basta manter a garotada conectada o maior tempo poss�vel, seja l� para o que for.

Os provedores n�o-gr�tis reclamam dos gr�tis, com alguma raz�o, se bem que a chave do problema n�o s�o os contratos "de pai para filho" entre os "gr�tis' e as companhias telef�nicas: � a pr�pria restri��o de acesso ao mercado de fornecimento de telefonia. Quer dizer: n�o � um problema para a Anatel resolver, pois a Anatel (e a pesada regulamenta��o que ap�ia sua exist�ncia) � o problema. Enquanto os provedores, gr�tis ou n�o, continuarem devendo sua mera exist�ncia a uma burocracia monstruosa, cavar�o sua pr�pria sepultura.

terça-feira, janeiro 07, 2003

Mais sobre a "gratuidade"

Descontando a obviedade da constata��o de que o pr�prio usu�rio paga pelo que � "gr�tis", a ang�stia da Abranet faz sentido? A associa��o se queixa de que uma parte do pagamento da Internet "gr�tis" � feito "de forma indireta, por meio do aumento das tarifas telef�nicas, para compensar o custo absorvido pelas operadoras de telefonia".

Sem tocar no n�cleo da quest�o, a Abranet insinua a defesa do controle de pre�os. Na verdade, se a companhia telef�nica (quem consegue levar a s�rio esse termo "operadora de telefonia"?) usa a bufunfa que arrecada para bancar provedores ou para premiar executivos com ilhas em Angra, isto n�o interessaria a nenhum de n�s... SE o fornecimento de servi�os de telefonia fixa fosse um mercado de livre acesso.

De qualquer forma, "gr�tis" ou pago, o acesso por linha telef�nica est� nas �ltimas - e com raz�o. Sua contribui��o j� foi dada. Aqui em casa, por 42 reais de mensalidade e nenhuma taxa de instala��o, consigo um acesso via r�dio de boa qualidade (n�o � um foguete, mas n�o deixa a menor saudade do acesso discado), dispensando aqueles cable modems caros e de compatibilidade limitada, e sem as pol�ticas comerciais question�veis dos grandes fornecedores de banda larga.

� claro, s� d� resultado em condi��es ideais: condom�nios bem grandes, com muitos usu�rios habitantes, e uma geografia que favore�a o link. Mas � t�o rom�ntica a caipirice do Brasil profundo... :-)

"Gratuidade": algo meio estranho

A Abranet tem in�meros motivos de preocupa��o. Tantos quanto vale uma p�gina da Veja. A entidade que congrega os provedores n�o-gr�tis brasileiros conseguiu superar sua desuni�o renitente e mandou publicar na edi��o desta semana um informe publicit�rio sobre a quest�o do acesso gratuito. Segundo o informe, no fim das contas, quem banca o acesso "gr�tis" �... o pr�prio usu�rio.

Disso, qualquer pessoa com mais de dois neur�nios sempre soube. Ser� que a Abranet acredita que seu consumidor potencial � um palerma que nem sabe que n�o existe banquete gr�tis? :-) Breve, mais coment�rios sobre a queda de bra�o dos provedores.

Sobre o post anterior, uma emenda: o que vale para os geniais homens de decis�o da Anatel, vale da mesma forma para as sumidades da Secretaria (federal) de Assuntos Econ�micos. Contratem todos eles j�, provedores!

Sobre a continuidade da "gratuidade" na Internet...

Se voc�, membro da Abranet, confia na sapi�ncia e no bom senso da c�pula da Anatel, certamente n�o se incomodar� nem um pouco em tirar da Anatel aqueles g�nios da ra�a burocr�tica e inclu�-los em sua pr�pria folha de pagamento. Sua empresa s� ter� a ganhar.

Antes que eu me esque�a: Ano novo, vida nova!

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